Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/11559

TítuloO Monte da Penha, Guimarães, como cenário de acções de incorporação e de comemoração do espaço na Pré-história da bacia do Ave
Outro(s) título(s)The Mount Penha (Guimarães) : a scenery of incorporation and commemoration of space in the Prehistory of the Ave basin
Autor(es)Sampaio, Hugo Aluai
Bettencourt, Ana M. S.
Alves, M. I. Caetano
Palavras-chaveMonte de Nossa Senhora da Penha
Cenário
Lugar comemorativo
Deposições
Calcolítico e Idade do Bronze
Nossa Senhora da Penha Mount
Geoforms
Commemorative place
Depositions
Calcolithic and Bronze Age
Scenery
Data2010
EditoraCentro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM)
CitaçãoIn BETTENCOURT, Ana M. S. ; ALVES, Lara B., eds. – “Dos montes, das pedras e das águas : formas de interacção com o espaço natural da pré-história à actualidade.” [Porto] : CITCEM. 2010. ISBN 978-989-8351-02-9. p. 55-76.
Resumo(s)A perspectiva de que o espaço natural foi simplesmente palco de acções económicas e aproveitado em termos da optimização dos recursos será questionada, pois as comunidades estão imersas num mundo que desperta nelas a capacidade de atingir uma percepção espacial, simultaneamente produto da sua história social e da informação sensorial com o qual estruturam a realidade circundante (Thomas 2001). Desta forma, o espaço natural não existe enquanto entidade isolada, pois ele é permanentemente humanizado e recriado pelas comunidades que o vivenciam e o percepcionam quer através de histórias, lendas e memórias quer através de acções que deixam evidências materiais. Com base nas premissas enunciadas escolhemos estudar o Monte de Nossa Senhora da Penha, em Guimarães, com o objectivo de interpretarmos a sua importância simbólica durante a Pré-História Recente. Trata-se de um relevo predominantemente de natureza granítica, com amplo domínio visual sobre a região e que se destaca na paisagem a quilómetros de distância, pela sua posição na bacia do rio Ave. De salientar, igualmente, além das inúmeras geoformas graníticas, de escala diversa, por vezes constituindo abrigos naturais, as nascentes e os cursos de água que ali proliferam. Trata-se de um lugar lendário no imaginário popular, sacralizado por um santuário e por diversas capelas, pelo menos a partir do séc. XVI, e frequentado na Pré-História, principalmente entre os finais do IV/inícios do III e os finais do I milénios AC. A metodologia de trabalho partiu da revisão das materialidades arqueológicas aí descobertas dando especial relevância ao tipo de objectos encontrados, às “matérias-primas” com que foram efectuados e aos seus contextos de deposição para interpretarmos as acções e as motivações que lhes estiveram subjacentes e o modo como as comunidades se teriam articulado com este “espaço natural”, na longa diacronia. Refutámos, assim, a hipótese de que este local teria sido um povoado, durante o Calcolítico e a Idade do Bronze, para o interpretarmos como um “lugar”, no sentido de J. Thomas (2001), de grande importância simbólica e religiosa para as comunidades pré-históricas que terão vivido nas planícies e colinas existentes nas suas imediações e que o terão vivenciado e incorporado no seu universo cognitivo, frequentando-o, provavelmente para acções e cerimónias públicas que terão culminado em deposições de artefactos metálicos, cerâmicos, líticos e, talvez, ósseos.
The perspective that natural space was a merely scenario of economical actions and profited on account of optimization of resources will be questioned, as communities are immersed in a world that arise their interest in a capacity to achieve a spatial perception, product of their social history and sensorial information, how they structure the surrounding reality (Thomas 2001). In this manner, natural space does not exist whilst isolated identity, since it is permanently humanized and recreated by communities which experience and apprehend it, either using histories, legends and memories, or through actions that leave material evidences. Based on the uttered premises we chose to study the Nossa Senhora da Penha Mount, in Guimarães, with the objective of trying to interpret its symbolic importance during recent Prehistory. This mount it is a predominant relief of granite nature, with ample visual domain among the region, detachable in the landscape, from kilometres, by its position in the Ave basin. To enhance, among the diverse granitic geoforms of various scales, some of them constituting natural shelters, the springs and the water courses that proliferate there. It is a legendary place in people’s imaginary, sacralised by a sanctuary and diverse chapels and frequented in Prehistory, specially, between the end of IV/beginning of III and the end of I millenniums AC. The methodology applied covered the revision of the archaeological materialities discovered there, giving special relevance to the type of objects found, to the “raw materials” used on their production and to their “natural” contexts of deposition, having essayed new interpretations about the actions and motivations inherent to them and how communities may have been articulated with this “natural space”, in its long diachrony. We no longer consider this site as a settlement used during the Calcolithic and Bronze Age, to interpret it as a “place”, in the same sense of J. Thomas (2001), of great social and symbolic importance to the prehistoric communities that may have lived in the immediacy plains and hills, who surely have dwelled and incorporated it in their cognitive universe, using it, probably for public actions and ceremonies which may have culminated in depositions of metallic, ceramics, lithic artefacts and, perhaps, osteologic remains.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/11559
ISBN978-989-8351-02-9
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CCT - Livros e Capítulos de Livros/Books and Book Chapters
DH - Capítulos de Livros/Book Chapters

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Sampaioetal2009.pdf1,04 MBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID