Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/19681

TítuloDating violence: causes and effects
Autor(es)Paiva, Carla
Orientador(es)Figueiredo, Bárbara
Data16-Jan-2012
Resumo(s)Dating violence has been widely recognized internationally, but not consensual regarding its causes and effects. The present investigation as part of the International Dating Violence Study examines dating violence in Portuguese young adults, determining its causes and effects, in a broadened multi-conceptual and integrated perspective. Takes as starting point the negative developmental experiences in childhood and adolescence (distal variables), the attachment to a romantic partner, the quality of intimate relationship with a partner and dating violence (proximal variables), and their effects on physical and psychological health, in women and men. The sample consisted of 550 Portuguese university students, 60.5% females, 85% in a dating relationship, with median age 21 years. Psychological aggression is the most prevalent form of abuse, followed by physical abuse without sequelae, sexual coercion and physical abuse with sequelae. Gender differences only for sexual coercion perpetration, which is predominantly perpetrated by males. Gender symmetry in the prevalence is also mirrored in the risk factors for dating violence. Thus, the study does not refute totally feminist perspectives in favor of social and relational perspectives, suggesting that this theory should be reanalyzed and broadened taking into account the type of abuse and gender of the perpetrator. Direct and indirect effects were estimated, with significant gender differences in the determination of dating violence and in the explanation of physical and psychological health. The results of this investigation support the hypothesis of intergenerational transmission of violence and victimization, and violence conceptualized according with an attachment framework, considering that quality of intimate relationships in early adulthood and abusive experiences during childhood are related to perpetration and victimization of dating abuse, regardless of gender. As the contribute of attachment theory, only the attachment anxiety, but not avoidance, is related to dating violence for both gender, although explain only male perpetration, in the final model. Anxiety and avoidance are both related to the quality of intimate relationship, which is a predictor of dating violence in women and men. Regarding the effects on health, although the proximal and distal adverse experiences were associated with greater physical and psychological morbidity, the effect of dating violence in health is better explained by other factors, including the victimization experiences during childhood and the attachment to a romantic partner in early adulthood. The attachment dimensions involved differ by gender and type of morbidity. Predict physical health, the avoidance in men and the anxiety in women, and predicts psychological health, anxiety for both gender. Attachment conceptualized as a stress regulatory system is corroborated by the results found. This study presents an integrative comprehensive multi-conceptual model, in a relational-developmental gender-sensitive perspective, within an attachment framework, either in understanding the causes, as the effects associated with dating violence. Reinforces the importance of quality and processes associated with significant proximal and distal relationships on health and well being of individuals in early adulthood, in a gender sensitive perspective.
A violência no namoro tem sido amplamente reconhecida internacionalmente, embora não consensual no que se refere às suas causas e aos seus efeitos. A presente investigação enquanto parte do International Dating Violence Study examina a violência no namoro em jovens adultos portugueses, determinando as suas causas e os seus efeitos, numa perspectiva multi-conceptual e integrada. Toma como ponto de partida as experiências negativas do desenvolvimento na infância e adolescência (variáveis distais), a vinculação ao companheiro, a qualidade do relacionamento íntimo com o companheiro e a violência no namoro (variáveis proximais) e os seus efeitos na saúde física e psicológica, em mulheres e homens. A amostra é constituída por 550 estudantes universitários portugueses, 60.5% do sexo feminino, 85% numa relação de namoro, com mediana de idade 21 anos. A agressão psicológica é a forma de abuso mais prevalente, seguida do abuso físico sem sequelas, da coerção sexual, e o abuso físico com sequelas. Encontram-se diferenças de género apenas no que se refere à perpetração de coerção sexual, que é predominantemente perpetrada por elementos do sexo masculino. A simetria de género na prevalência espelha-se igualmente nos factores de risco da violência no namoro. Assim, o estudo não refuta totalmente as perspetivas feministas em prol das perspetivas sócio-relacionais, sugerindo que a mesma teoria deva ser reanalisada e alargada tendo em conta o tipo de abuso e o género do perpetrador. Efeitos diretos e indiretos foram estimados com diferenças significativas entre homens e mulheres na determinação da violência no namoro e na explicação da saúde física e psicológica. Os resultados desta investigação corroboram a hipótese da transmissão intergeneracional da violência e revitimização, e da violência analisada à luz da teoria da vinculação, tendo em conta que a qualidade do relacionamento íntimo no início da idade adulta e as experiências abusivas durante a infância se relacionam com a perpetração e vitimização de abuso no namoro, independentemente do género. Quanto ao contributo da teoria da vinculação, apenas a vinculação ansiosa, mas não o evitamento, se relaciona com a violência no namoro para ambos os sexos, embora explique apenas a perpetração masculina, no modelo final. Tanto a ansiedade como o evitamento estão relacionados com a qualidade do relacionamento íntimo, que é preditor da violência no namoro, em ambos os sexos. Quanto aos efeitos na saúde, embora as experiências adversas proximais e distais se associem com maior morbilidade física e psicológica, o efeito da violência no namoro na saúde é melhor explicado por outros factores, nomeadamente, as experiências de vitimização na infância a vinculação ao companheiro. As dimensões de vinculação envolvidas diferem em função do género e do tipo de morbilidade. Predizem a saúde física, o evitamento em homens e a ansiedade em mulheres, e a saúde psicológica, a ansiedade para ambos os sexos. A perspetiva da vinculação concetualizada como um sistema regulatório do stress é corroborado pelos resultados. Este estudo apresenta um modelo integrativo multi-concetual, numa perspectiva desenvolvimental-relacional que considera as especificidades do género, e se orienta pela teoria da vinculação, tanto na compreensão das causas, como dos efeitos associados com a violência no namoro. Reforça a importância da qualidade e processos associados com as relações significativas proximais e distais na saúde e bem estar dos indivíduos no início da idade adulta no âmbito de uma perspetiva de género especifica.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de doutoramento em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Clínica)
URIhttps://hdl.handle.net/1822/19681
AcessoAcesso restrito UMinho
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
CIPsi - Teses de Doutoramento

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