Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/23249

TítuloFiguras do herói: literatura, cinema, banda desenhada
Editor(es)Álvares, Cristina
Curado, Ana Lúcia
Sousa, Sérgio Guimarães de
Palavras-chaveHerói
Literatura
Cinema
BD
Data2012
EditoraUniversidade do Minho. Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM)
Resumo(s)NOTA INTRODUTÓRIA Desde tempos imemoriais, os grupos humanos têm criado heróis para neles projetarem os seus ideais e valores, fundamentar a sua existência e problematizar a sua estrutura ética. Desde o semi-deus antigo ao herói urbano pós-moderno, as configurações histórico-culturais da figura heróica apresentam-se, não sofre dúvida, múltiplas e variadas. Há, pois, heróis e heroínas míticos, trágicos, cómicos, épicos, romanescos, picarescos, clássicos, tradicionais, modernos, contemporâneos, anti-heróis, super-heróis. Numa palavra, o herói tem mil caras.       Esta diversidade não obstou ao reconhecimento de uma estrutura ou morfologia invariante – o monomito, o arquétipo ou o mitologema heróico –, morfologia determinada em assinalável porção pela função do herói nos mitos: fundador e transgressor, ele ou ela instaura a ordem humana pela rutura com a ordem divina. Neste sentido, o herói mítico, que se situa para lá da lei e da ordem que fundou, constitui a referência e a medida das tipologias heróicas e assim todo o herói preserva algo deste modelo. O mesmo é dizer: mediador entre ordem e contra-ordem, o herói caracteriza-se por uma atitude de denegação em relação à lei e ao poder (age ao seu serviço mas simultaneamente excede-os).       Desta denegação derivam o hibridismo e a liminaridade do herói, as suas deslocações entre dois mundos (o dos vivos e o dos mortos, o do sonho e o da realidade, o dos civilizados e o dos selvagens). O herói é, em consequência, essencialmente aquele ou aquela que se expõe ao que advém (advenire, a(d)ventura), por outras palavras, é aquele ou aquela que está disponível para o decisivo encontro (ou, não raro, encontrão) com a alteridade radical, dispondo-se a procurar uma dimensão perdida, material e/ou imaterial, sofrendo a mutação da identidade e/ou a transformação do mundo.       Dissidente, desertor, mestiço, pirata, missionário, repórter, viajante, sedutor, detetive, explorador, arqueólogo, justiceiro – estas e outras figuras heroicas, como seria expectável, encontram-se, no masculino e no feminino, em mitos, contos, romances, teatro, cinema, banda desenhada, vídeo-jogos. Ao reunir, no presente volume, um assinalável e assaz transdisciplinar conjunto de estudos, pautados por orientações metodológicas e programáticas distintas (a narratologia, os estudos sobre o imaginário, os estudos culturais, a psicanálise, os estudos intermediais, os neo-comparatismos, entre outras matrizes analítico-interpretativas) e abrangendo múltiplas modalidades estético-expressivas (a Literatura, o Cinema, a Banda Desenhada), procura-se oferecer o resultado de uma análise crítica e heurística da entidade Herói pensada e descrita em função de um intuito primordial e substantivo: aprofundar, em múltiplos suportes, o conhecimento histórico-semântico da suas numerosas figurações.
TipoAtas de conferência
DescriçãoA presente obra reúne as comunicações, bem como as conferências, apresentadas no “Colóquio Internacional Figuras do Herói – Literatura, Cinema, Banda Desenhada” realizado no Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, nos dias 26, 27 e 28 de abril de 2012.
URIhttps://hdl.handle.net/1822/23249
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CEHUM - Volumes de atas de conferências

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