Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/3184

TítuloTPC’s quês e porquês: uma rota de leitura do trabalho de casa, em língua inglesa, através do olhar de alunos do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico
Autor(es)Silva, Rosa Maria Ferreira Mourão da
Orientador(es)Rosário, Pedro
Palavras-chaveTrabalho de casa (TPC)
Tempo de realização do TPC
Auto-regulação da aprendizagem
Andaimagem
Modelação
Autonomia
Estratégias de aprendizagem
Auto eficácia percebida
Controlo volitivo
Envolvimento parental
Rendimento académico
Homework
Time on homework
Self-regulatory learning
Scaffolding
Modelling
Autonomy
Learning strategies
Perceived self-efficacy
Volitional control
Parent involvement
School achievement
Data2004
Resumo(s)Apesar da sua forte e longa tradição escolar, o Trabalho de Casa, vulgo TPC, conceituada estratégia instrutiva, não é senta de discórdias. Credor de escolas de sucesso, o TPC, crê-se, pode guiar os alunos pelo caminho da mestria. A investigação aponta o tempo dedicado à realização do TPC corno intimamente relacionado com o rendimento académico dos alunos. Prescrito pelos professores na aula e supostamente realizado pelos alunos em casa, o TPC perpassa os muros da escola e infiltra a ambiência casa-família. A sua análise minuciosa descobre-o como um processo temporal, onde confluem uma imensa diversidade de factores que, em interacção, condicionam e determinam o seu produto e efeito finais. Perspectivado como ferramenta auto-regulatária privilegiada, o TPC urge ser encarado com seriedade por professores, alunos e pais. O desenho cuidado, a tipologia adequada, os objectivos diversificados, a frequência e a duração ajustadas e a verificação e feedback providenciados são aspectos não negligenciáveis no TPC, a par do apropriado envolvimento parental no apoio à autonomia e controlo dos aspectos volitivos e emocionais envolvidos durante a realização das tarefas nele incluídas. Procedemos à construção, aplicação e avaliação de um primeiro instrumento, o QtpcI, questionário sobre o TPC de Inglês, especialmente desenhado para dar voz aos alunos e mapear as suas atitudes e comportamentos face ao TPC de Língua Inglesa. Complementámos o nosso trabalho de investigação com a avaliação do perfil auto-regulatório dos alunos inquiridos, bem assim como a de outras variáveis independentes enunciadas na literatura como relacionadas com o processo do TPC. Das múltiplas análises realizadas concluímos que, em média, os alunos do 2.° e 3.° ciclos, que constituíam a nossa larga amostra, denunciavam, do 5.° para o 9.° ano de escolaridade, perfis de atitudes e comportamentos face ao TPC de Inglês tendencialmente mais deprimidos, evidenciando contudo as raparigas uma atitude mais positiva e comportamentos mais implicados do que os rapazes, nestes perfis. Dos dados analisados infere-se um baixo nível geral de implicação dos alunos da amostra, em termos de tempo gasto com a realização do TPC de Inglês, por um lado, e com o estudo diário habitual das diferentes disciplinas, por outro. A associação entre o tempo despendido com a realização do TPC e as atitudes e comportamentos face a esse mesmo TPC revelou que um maior dispêndio de tempo com a realização das tarefas de TPC, em média, não corresponde, necessariamente à adopção de melhores atitudes e comportamentos mais ajustados face ao TPC de Inglês, nem ainda a um melhor nível de proficiência/aproveitamento académico na disciplina. A percepção de auto- eficácia dos alunos, na disciplina de Inglês, denotava uma descida significativa do 5.° para o 9.° ano de escolaridade, estando este abaixamento, em média, associado de forma positiva e significativa a níveis de aproveitamento, também, tendencialmente mais baixos. Os alunos evidenciavam um perfil auto-regulatório menos musculado ao longo da subida na escolaridade, correlacionando-se este de forma positiva e significativa com as suas atitudes e comportamentos face ao TPC de Inglês, estes, por seu turno revelando uma correspondente tendência de deterioração. As habilitaç6es escolares parentais e o facto de os alunos terem irmãos mais velhos em idade escolar revelaram uma associação significativamente positiva com as atitudes e comportamentos face ao TPC avaliados. Em última análise, o rendimento académico na disciplina de Inglês associava-se positiva e significativamente com a auto-eficácia percebida nessa mesma disciplina, com o perfil auto-regulatório emergente e com as atitudes e comportamentos face ao TPC de Inglês avaliados. Afigura-se-nos como relevante proceder a futura investigação no sentido de conhecer melhor a tipologia e carga dos TPC prescritos aos alunos na disciplina de Inglês, as formas de feedback providenciadas e eventual aproveitamento do TPC como ferramenta de diagnóstico e de regulação do processo de aprendizagem dos alunos. Aprofundar as vozes dos alunos e atender ao seu eco, conhecer as atitudes, comportamentos e motivações dos professores face ao TPC e abrir caminho a um regulado envolvimento parental na realização das tarefas prescritas como TPC são assim linhas passíveis de desejável exploração futura.
Although homework is a widespread educational activity and a well-known instructional strategy it can sometimes be a source of complaints. Homework is recognized as an indicator of successful schools; one believes can lead students on the ways of mastery. Researchers say that time spent on homework can be a predictor of school achievement. Assigned by teachers at school and completed by students at home, homework goes beyond school walls and infiltrates family. Studied in detail homework reveals itself as a complex temporal process. Homework assignments are influenced by many factors which interacting with one another are responsible for students’ performance in the assigned tasks and homework final effects. The research shows how self-regulation can arise from doing homework. Homework must be taken seriously by teachers, students and parents. Homework purposes, the design and the typology of the assigned tasks, kind of feedback provided, the frequency and extension of the assignments are some of the aspects that can’t be neglected. Parents involvement in homework process is another crucial factor as they can be good providers of structure and autonomy and help controlling withstanding volitional aspects. We developed an instrument, called The English Homework Questionnaire (QtpcI) specifically constructed for this study. Intended to be answered by the students, the study main purpose was mapping students’ attitudes and behaviours towards homework in the English class. A second instrument was used; called “Inventário dos Processos de Auto-regulação dos alunos” — IPAA (Students’ Self-regulation Process Inventory, it was used to evaluate the students’ self regulatory approaches to study. A group of independent variables related to the homework process was also evaluated. From the statistic analysis emerged a group of conclusions, as follows: the students from 2.° e 3.° ciclos Basic Obligatory Education, (Middle Grades-Junior High School children aged between 10-15), shows a decreased profile of attitudes and behaviours towards English homework from 5 th to 9 th Grade. Girls had more positive attitudes towards homework and better homework behaviours. Students in these data seem to spend little time doing English homework and studying the different school subject on a daily basis. From 5 th to 9 th grade, the results show that, on average, the time on homework and the time on daily study decreases. Students’ sense of self-efficacy in English (foreign language) grows lower as students grow older and go up in grades. The same happens with their levels of self-regulation towards study. The association between time spent on homework and achievement shows that spending more time on homework doesn’t necessarily mean having better grades or being a good student. More time spent on homework wasn’t related to better behaviours or more positive attitudes towards homework, it sometimes was otherwise. Grades in English grow worse as students go up, along with a low sense of self-efficacy and a decreasing level of self-regulation. The correlation between the self-regulatory profile and the homework profiles of attitudes and behaviours proved to be statistically positive and significant. School achievement proved to be significantly related with self-efficacy, self-regulation and attitudes and behaviours towards homework in English class. Future studies could be thought to address a better knowledge about the typology and design, frequency and length of homework assignments in the English class and types of feedback provided by the teachers. Teachers could be questioned about the utility of homework as a diagnostic strategy of the students’ learning process. Going deeper on students voices, mapping teachers homework attitudes and behaviours and open way to parents involvement in the homework process are desirable paths to future investigation.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em Formação Psicológica de Professores.
URIhttps://hdl.handle.net/1822/3184
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado

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