Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/35052

TítuloCognitive and physical performance correlates of low iron status
Autor(es)Nunes, José Carlos Leitão Portugal
Orientador(es)Palha, Joana Almeida
Santos, Nadine Correia
Data2014
Resumo(s)Iron deficiency is the most prevalent nutrient deficiency affecting all age groups worldwide. Deleterious alterations on cognition, psychological morbidity and physical performance have been observed in several reports; however, the main body of literature focuses on infants, children, adolescents or women of childbearing age. These groups are considered to be at high risk due to physiologic conditions. Nonetheless, several pathological conditions are also risk factors for iron deficiency, with many of them highly prevalent in older individuals. In a growing older society, considering that older individuals are at greater risk of cognitive decline, neuropsychological morbidity, decrements in physical performance and impaired functional ability, the study of the factors influencing these outcomes are of utmost importance. Still, despite of all the evidence pointing for a role of iron deficiency in cognition, mood and physical functional ability, there is a worrying small amount of research in older individuals. In this work, by first using a cross-sectional analysis, we investigated the association of low iron status with cognitive performance, neuropsychological morbidity and physical functional ability in a cohort of older individuals (n=151). Next, using a quasi-experimental study design (n=12, intervention; n=10, non-intervention), namely intervention via an iron-fortified fruit–based dessert, we addressed if low dosage iron fortification of foods is feasible and effective in altering (and/or correcting for) the effects of low iron status. In order to reduce the number of multiple comparisons, principal component analysis of cognitive, psychological, physical variables and iron biomarkers was performed and the obtained dimensions used for analysis. We observed that the storage [body iron, soluble serum transferrin receptor (sTFR), ratio of sTFR to the logarithmic value of ferritin (sTFR – Log(FT)) index and ferritin (FT)] and erythropoiesis [red cells blood Count (RBC), hemoglobin and hematocrit] dimensions were significant predictors of the memory dimension [selective reminding test (SRT) - consistent long term retrieval (CLTR), - long term storage (LTS) and - delayed recall (DR) and the Consortium to establish a registry for Alzheimer's disease (CERAD) (total hits and DR)], along with the interaction of storage and nutritional status. The geriatric depression scale (GDS) score was predicted by the transport [serum iron (Fe) and transferrin saturation (TF sat.)], transport saturation [transferrin (TF) and total iron binding capacity (TIBC)] and erythropoiesis dimensions. The functional tiredness (mobility-, lower limb- and upperlimb-tiredness) dimension was predicted by the storage, transport, red cells composition [mean corpuscular volume (MCV), mean cell hemoglobin (MCH), mean cell hemoglobin concentration (MCHC) and red cell distribution width (RDW)] and erythropoiesis dimensions. After 12 weeks (+/- 2 weeks) of intervention, the daily consumption of an iron fortified dessert was associated with an improvement of the total and sub-scores of performance-oriented mobility assessment, along with hand grip strength and lower limb tiredness. Our observations indicate that lower iron status is associated with poorer memory ability, depressive mood and functional tiredness from activities of daily living. Furthermore, results indicate that the physical negative effects of low iron status seem to be recovered by iron supplementation, highlighting the importance of prevention. Identification of molecular bases of the associations here reported is paramount and further research is needed.
A deficiência de ferro é o deficit nutricional mais prevalente em todo o mundo, afetando todas as faixas etárias. Vários estudos têm demonstrado um impacto negativo da deficiência de ferro sobre a cognição, a morbidade psicológica e desempenho físico; no entanto, os referidos estudos debruçam-se essencialmente em crianças, adolescentes ou mulheres em idade fértil, nos quais várias condições fisiológicas concorrem para que estes grupos sejam considerados de alto risco. No entanto não devemos descurar, igualmente, que várias condições patológicas são fatores de risco para deficiência de ferro, sendo muitas delas altamente prevalentes em idosos. Numa sociedade cada vez mais envelhecida, e onde os indivíduos mais velhos apresentam risco acrescido de declínio cognitivo, morbidade neuropsicologia, decréscimos no desempenho físico e capacidade funcional comprometida, o estudo dos fatores que influenciam estas consequências do envelhecimento são de extrema importância. Apesar de todas as evidências apontarem para um papel da deficiência de ferro na cognição, humor e capacidade física funcional, a investigação em idosos é escassa. Neste trabalho, utilizando uma análise transversal, investigámos as associações de baixos níveis de ferro com o desempenho cognitivo, a morbidade neuropsicológica e a capacidade funcional física em idosos. Através de um estudo quasi-experimental, investigamos, ainda, se a fortificação de alimentos com pequenas doses de ferro é viável e eficaz para melhorar a capacidade cognitiva, o humor e a condição física. Com o objetivo de reduzir o número de comparações múltiplas foi realizada a análise dos componentes principais das variáveis cognitivas, psicológicas, físicas e dos biomarcadores de ferro e os componentes obtidos utilizados para análise estatística. Observou-se que os componentes armazenamento [ferro corporal, receptor solúvel da transferrina (sTFR), indice do rácio do sTFR para a transformação logarítmica da ferritina (sTFR – Log(FT)) e ferritina (FT)] e eritropoiese [eritrócitos (RBC), hemoglobina e hematócrito], bem como a interação do componente armazenamento com estado nutricional, foram preditores significativos do componente memória [teste de memoria selectiva (SRT) – evocação da memória a longo prazo (CLTR), - armazenamento na memória a longo prazo (LTS) e – evocação tardia (DR); e o Consórcio para estabelecer um registro para a doença de Alzheimer (CERAD) (total de respostas certas e DR)]. O valor da escala de depressão geriátrica (GDS) foi previsto pelos componentes transporte [ferro sérico (Fe) e saturação da transferrina (TF sat.)], saturação do transporte [transferrina (TF) e capacidade total de ligação do ferro (TIBC)] e da eritropoiese. Os componentes armazenamento, transporte, composição células vermelhas [volume corpuscular médio (MCV), hemoglobina corpuscular média (MCH), concentração de hemoglobina corpuscular média (MCHC) e a anisocitose (RDW)] e eritropoiese foram preditores significativos do componente obtido para o cansaço associado às atividades funcionais diárias. Observámos, ainda, que após 12 semanas (+ / - 2 semanas), o consumo diário de uma sobremesa fortificada em ferro se associa a uma melhoria no total e subtotais de avaliação da mobilidade orientada para o desempenho, juntamente com força de preensão manual e menor cansaço dos membros inferiores. Estes resultados indicam que os níveis de ferro estão associados a menor memória, a humor depressivo e a cansaço funcional nas atividades da vida diária. Além disso, os resultados sugerem que os efeitos negativos de baixo nível de ferro a nível físico melhoram com a suplementação de ferro, destacando a importância da prevenção do declínio nos níveis de ferro. Importa no futuro a confirmação destes resultados em estudos de base populacional, assim como a identificação das bases moleculares que lhes estão subjacentes.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em Ciências da Saúde
URIhttps://hdl.handle.net/1822/35052
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado
ICVS - Dissertações de Mestrado / MSc Dissertations

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