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https://hdl.handle.net/1822/37214
Título: | As políticas da UNESCO para a igualdade de género nos media: 1977-2007 |
Autor(es): | Cerqueira, Carla Preciosa Braga |
Palavras-chave: | UNESCO Mulheres Igualdade Media |
Data: | 2008 |
Editora: | Universidade do Minho. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) |
Resumo(s): | É indiscutível que a igualdade entre homens e mulheres é um aspecto fundamental da dignidade da pessoa humana, o qual contribui para o desenvolvimento da sociedade. No entanto, e apesar de estar consagrada na ordem jurídica dos países com governação democrática, está muito longe de ser uma realidade. Neste sentido, desde os anos 70 do século XX que têm vindo a ser criadas várias políticas de promoção da paridade de género. Os actores políticos globais e regionais e os próprios países têm adoptado leis que visam a igualdade de oportunidades em todos os domínios da sociedade. Em paralelo, procura-se acabar com os estereótipos e preconceitos culturais, pois os Estados tomaram consciência do papel e da contribuição das mulheres na esfera pública. Todavia, as leis só por si não chegam para acabar com a discriminação das mulheres e, nos últimos anos, tem surgido um número crescente de políticas para fomentar a igualdade, sobretudo, resoluções, declarações, programas, incentivos, estudos e concursos de diversos organismos internacionais. Neste artigo centramo-nos num actor político global que tem desempenhado um papel preponderante no que se refere à promoção da igualdade de género: a UNESCO. É reconhecido que uma das grandes preocupações deste organismo das Nações Unidas (ONU) passa pelas assimetrias relativamente à comunicação no mundo, daí a grande importância dada aos meios de comunicação social e ao seu papel como formadores da opinião pública. Além disso, destaca-se a adopção de uma perspectiva de género. Assim, aquilo que interessa para este campo é perceber que políticas é que a UNESCO tem desenvolvido para promover a equidade de género nos media. Focamo-nos essencialmente no campo jornalístico porque os meios de comunicação social são os grandes mediadores da realidade e é através deles que a maioria das pessoas tem acesso ao que se passa no mundo. Também se fala cada vez mais da “feminização” do sector mediático, mas a maior parte das mulheres não tem acesso aos cargos de chefia e alguns estudos apontam para a precariedade do mercado de trabalho, a qual se reflecte nos papéis de género. A UNESCO tem criado políticas que não têm a força de lei, mas que têm alertado o mundo para a discriminação em função do género. Este actor político global apresenta um leque de recomendações, declarações, programas, estudos e prémios para fomentar o pluralismo no campo mediático. Nos últimos anos, o número de iniciativas deste organismo tem sido crescente, marcando a agenda internacional. Esta agência da ONU tem dado visibilidade à questão da igualdade de género nas últimas três décadas, mas, apesar de se falar de uma “feminização” dos media, as mulheres continuam a ocupar as funções laborais consideradas de menor importância e o discurso veicula mensagens que perpetuam estereótipos. Face a este panorama, que avaliação podemos fazer das políticas deste organismo? Defendemos que a UNESCO tem sido activa, mas não tem conseguido passar uma mensagem unificadora. |
Tipo: | Artigo em ata de conferência |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/37214 |
ISBN: | 978-989-95500-1-8 |
Versão da editora: | http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/5sopcom/article/view/64/65 |
Arbitragem científica: | yes |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | CECS - Atas em congressos | Seminários / conference proceedings |
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