Perspectives on american idealism since 1945

Abstract

The United States are a political project born from clear moral and ethical values. The constitutional structure was created to reflect the revolutionary philosophy of the Independence, centred on defence of individual freedom. The innovative and ideological nature of the project has produced two different outlooks regarding the country’s role in the history of mankind. One is of a missionary temperament, internationalist and which argues for an involvement of America in world affairs to spread the values of 1776; the second is a more inward-looking understanding seeking to fulfil the meaning of America at home. This tension reproduces the dynamic nature of American idealism, founded on the clash of multiple positions and the ensuing negotiation which leads to national clarification. There is a cyclical clash of opposites from which emerges regularly a new synthesis that embraces the several impulses. There has been a noticeable departure from the original thesis stimulated by the political, social and constitutional evolution witnessed since the triumph of the internationalists in 1945. This has grave implications for the ideal of individual autonomy, and the absence of a national conversation regarding the international question and its domestic significance foretells a period of tension and reckoning from whence a new political and constitutional balance will emerge.

Os Estados Unidos foram criados como um projecto político assente sobre claros valores morais. A estrutura constitucional foi erguida para reflectir a filosofia revolucionária da independência, fortemente centrada na defesa da liberdade individual. O carácter inovador e ideológico deste projecto levou ao desenvolvimento de duas perspectivas divergentes relativamente ao papel do país na marcha da história universal. Uma de índole missionária, internacionalista e que advoga o envolvimento dos Estados Unidos com o mundo para disseminar os valores de 1776; uma segunda de natureza mais insular que pretende realizar a América dentro de portas. Esta tensão reproduz a natureza dinâmica do idealismo americano, baseada no choque entre múltiplas posições e o processo de negociação que transporta o país para novos entendimentos nacionais. Ciclicamente o país confronta-se com os seus opostos e do choque de tensões emerge regularmente uma nova síntese. O triunfo da tese internacionalista a partir de 1945 ocasionou uma evolução política, social e constitucional que desviou o país dos seus princípios fundacionais e que implicam graves prejuízos para o ideal de autonomia individual. A inexistência de um debate sobre a questão internacional e as suas consequências internas silenciou o processo negocial normal e deixa antever um período de conflito e tensão do qual se prevê que saía um novo equilíbrio político e constitucional.