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https://hdl.handle.net/1822/4683
Título: | Educação, género e poder : uma abordagem política, sociológica e organizacional |
Outro(s) título(s): | Education, genre et pouvoir : un apport politique, sociologique et d’organisation |
Autor(es): | Rocha, Maria Custódia Jorge da |
Orientador(es): | Estêvão, Carlos V. |
Data: | 2005 |
Resumo(s): | Um estudo sobre as relações sociais de género enquanto relações sociais de poder (empiricamente apoiado através de uma análise crítica dos discursos organizacionais) permite que, nesta tese, se apresentem os principais contornos epistemológicos e metodológicos desta problemática.
A partir de uma exposição dos enquadramentos teórico-conceptuais que enformam algumas análises políticas, sociológicas e organizacionais (de teor feminista ou não) na sua relação com o género e o poder, esclarece-se como os poderes instituídos, quantas vezes com carácter de regulação e de dominação, contribuíram para a construção de pressupostos (aparentemente neutros) de desigualdade social entre mulheres e homens. A convocação de outros enquadramentos teórico-conceptuais, favorecendo a extensão desta análise crítica, permite que se problematizem algumas das possibilidades que as mulheres e os homens têm de definir as suas acções políticas, sociais, organizacionais dentro de relações de poder outras que não lhes reduzam as suas hipóteses de vida.
Num contexto em que novas formações discursivas sobre género e poder e novas formas de dominação se manifestam é pertinente que se percebam, pois, os critérios que permitiram a institucionalização da desigualdade, aqueles (por vezes os mesmos) com os quais se procede à sua reinstitucionalização e ainda aqueles que, pese embora todos os constrangimentos, podem favorecer a desinstitucionalização da desigualdade.
Isto, porque o(s) género(s), afinal, tal como o(s) poder(es) e o(s) discurso(s) não são atributos mas sim relações que abrangem uma multiplicidade de configurações políticas, sociais e organizacionais onde as mulheres e os homens, pela acção de politização, podem colocar em questão as diferenças que os hierarquizam e que impedem a construção de uma dinâmica de igualdade na escola, no espaço público e privado. Une étude sur les relations sociales de genre tout comme relations sociales de pouvoir (soutenue de façon empirique par une analyse critique des discours d’organisation) permet que, tout au long de ce travail de recherche, on présente les principaux contours épistémologiques et méthodologiques de cette problématique. Ayant fait une exposition des cadres théoriques-conceptuels qui enferment certaines analyses politiques, sociologiques et d’organisation (de contenu féministe ou pas) dans leur relation avec le genre et le pouvoir, on dévoile que les pouvoirs institués, bien souvent sous forme de régulation et de domination, ont permis la construction de présuppositions (apparemment neutres) d’inégalité sociale entre les femmes et les hommes. La convocation d’autres cadres théoriques-conceptuels, favorisant l’extension de cette analyse critique, permet prélever sur les possibilités que les femmes et les hommes ont dans la définition de leurs actions politiques, sociales et d’organisation et dans des relations de pouvoir qui ne leur réduisent pas leurs hypothèses de vie. Dans un contexte où de nouvelles formations discursives sur le genre et le pouvoir et de nouvelles formes de domination paraissent il est important que l’on perçoive, donc, les critères qui ont permis l’institutionnalisation de l’inégalité, ceux (parfois les mêmes) avec lesquels on procède à sa réinstitutionnalisation et aussi ceux qui, même sous toutes les contraintes, peuvent favoriser la désinstitutionnalisation de l’inégalité. Ceci, parce que le(s) genre(s), au bout du compte, tout aussi comme le(s) pouvoir(s), et le(s) discours ne sont pas des attributs mais si des relations qui abrègent une multiplicité de configurations politiques, sociales et d’organisation où les femmes et les hommes, par une action de politisation, peuvent mettre en question les différences qui les hiérarchisent et qui interdissent la construction d’une dynamique d’égalité à l’école, à l’espace public et privé. |
Tipo: | Tese de doutoramento |
Descrição: | Dissertação de Doutoramento em Educação - Área de Conhecimento de Organização e Administração Escolar. |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/4683 |
Acesso: | Acesso aberto |
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