Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/47091

TítuloA construção do pânico moral sobre os ciganos e os imigrantes na imprensa diária portuguesa
Autor(es)Gomes, Sílvia Andreia da Mota
Palavras-chaveControle social
Imigrantes e ciganos
Pânico moral
Notícia criminal
Immigrants and gypsies
Moral panic
Crime news
Social control
Data2013
EditoraUniversidade Federal de Alagoas. Instituto de Ciências Sociais
RevistaLatitude
Resumo(s)Neste artigo analisa-se os discursos e representações veiculados pela imprensa diária portuguesa acerca da criminalidade associada a grupos imigrantes ou étnicos. A partir desta análise, pretende-se mostrar como as narrativas que circulam na imprensa transmitem visões sobre a ordem social, que promovem o consenso e o controle social –através da ênfase exagerada sobre o risco de vitimização– e contribuem para a construção do designado “pânico moral”. A mediatização da criminalidade produz visões amplamente partilhadas e consensuais, ao mesmo tempo que alimenta, junto do público em geral, visões estereotipadas sobre os “criminosos”, podendo associar determinado tipo de criminalidade aos grupos socialmente excluídos e grupos étnicos, tais como ciganos e imigrantes. Esses estereótipos podem converter estes grupos em ameaças potenciais para os interesses e valores vigentes na sociedade, através da produção de cruzadas morais que, pela reação emocional desproporcionada e excessiva que desperta no público, representam os porta-vozes da moralidade e os seus diagnósticos e soluções. Este artigo discute a cobertura da imprensa portuguesa nos casos da criminalidade perpetrada por ciganos e imigrantes como um exemplo paradigmático de um produto de uma indústria cultural. Essas narrativas mediáticas são incitadas por lógicas globais de mercantilização da esfera pública, com base na criminalização da pobreza e no medo de populações urbanas consideradas “problemáticas”, cujo objetivo é aumentar a ligação emocional por parte do público e, assim, levar às referidas cruzadas morais.
This paper aims to analyze the discourses and representations conveyed by the Portuguese daily newspapers about criminality related to immigrants and ethnic groups. The intent is to understand how the narratives constructed by the media convey visions of social order to promote consensus and social control through the overemphasis on risk of victimization and the construction of so-called 'moral panic’. The media coverage of crime produces widely shared visions and consensus in different communities, while feeding, in general public, stereotypes about the "criminals", and linking the crime to socially excluded groups and ethnic minorities, such as gypsies and immigrants. These stereotypes can convert these groups as potential threats to the interests and values of society, producing a moral crusade that, through the disproportionate and excessive emotional reaction that awakens audiences, represents the spokesmen of morality and their diagnoses and solutions. This paper discusses the media coverage of criminality perpetrated by gypsies and immigrants as paradigmatic example of a product of a cultural industry. These media narratives are nourished by global logics of commodification of the public sphere based on criminalization of poverty and the fear of ‘troublesome’ urban populations, whose purpose is to raise emotional attachment by the public and lead thus to moral crusades.
TipoArtigo
URIhttps://hdl.handle.net/1822/47091
ISSN1981-5921
e-ISSN2179-5428
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CICS-UMINHO - Artigos em Revistas Internacionais/Articles in International Journals

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
construção panico moral gomes.pdf360,78 kBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID