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TítuloA viagem de Cósimo III de Médicis: imagem da cidade portuguesa de seiscentos, o caso de Santarém
Autor(es)Cabeleira, João
Palavras-chaveViagem
Veduta
Santarém
Cósimo
Baldi
Data2016
Resumo(s)Entre 1668 e 1669 o príncipe toscano, Cósimo de Médicis, futuro Grão Duque Cósimo III, empreende uma viagem percorrendo Espanha, Portugal, Irlanda, Inglaterra, Holanda, Flandres e França. Para além do carácter formativo do príncipe, a viagem detém objectivos de reforço dos laços políticos entre as nações chegando até nós documentação escrita e gráfica que permite avaliar a experiência do jovem monarca a par de especificidades das sociedades e lugares com que contactou. Se o diário oficial da viagem, escrito por Lorenzo Magalotti, inclui a descrição dos lugares e das personagens com quem o príncipe contacta, e inclusivamente alguns dos seus diálogos, os registos gráficos de Pier Maria Baldi, conservados na Biblioteca Laurenziana de Florença, revelam uma visão da paisagem urbana (Elvas; Vila Viçosa; Évora; Setúbal; Lisboa; Santarém; Tomar; Coimbra; Porto; Viana, etc.) e rural (Aldeia Galega; Vila Longa; Fonte Coberta; S. Pedro de Rates, etc.) do Portugal de seiscentos. Porém, a visão de Baldi, o qual termina os desenhos em Florença a partir das anotações recolhidas em viagem, não corresponde estritamente a um registo objectivo. Nestas vedute projectam-se paralelamente dados da real vista nos lugares visitados e modelos do quadro cultural de referência do autor, ao mesmo tempo que se detecta o somatório de distintos pontos de vista numa mesma imagem a par de indícios de antecipação estimulados pelo desenho. Advindo daí incongruências na amplitude da veduta, escala e caracterização do representado, pretende-se a partir da veduta de Santarém proceder à identificação dos pontos de vista tomados para a montagem da imagem a par das estruturas representadas visando confrontar a realidade urbana (aquela que nos permite avaliar a imagem da urbe seiscentista) com a introdução de novos factores (averiguando-se ensejos imagéticos). O ensaio explora assim condições da imagem da urbe seiscentista portuguesa, centrando-se num caso particular fixado graficamente por Baldi, ao mesmo tempo que explora as qualidades do desenho inerentes ao género da veduta, nomeadamente daquelas que se balizam entre o registo do real e a projecção de referentes formais externos, a par da montagem de uma imagem global da urbe.
TipoArtigo
DescriçãoATAS DA 5ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA REDE LUSÓFONA DE MORFOLOGIA URBANA
URIhttps://hdl.handle.net/1822/49188
Arbitragem científicano
AcessoAcesso aberto
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