Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/50685

TítuloParceria de cuidados em pediatria: ganhos em saúde para as crianças, para os pais e para os enfermeiros
Autor(es)Mendes, Maria Goreti
Palavras-chaveEnfermagem
Parceria de cuidados
Ganhos em saúde
Data2016
EditoraMcGraw-Hill
CitaçãoMendes, M.G.(2016). Parceria de cuidados em pediatria: ganhos em saúde para as crianças, para os pais e para os enfermeiros, In Disenos de la moderna investigacíon universitária, (pp.531-542). Madrid: McGraw- Hill Education
Resumo(s)A preocupação com a qualidade dos cuidados de saúde tem vindo a atravessar toda a história da Saúde, desde Hipócrates, passando por Florence Nightingale, quando em 1850 era já manifestamente revelada a preocupação com o registo das observações, com o propósito de aferir o nível de cuidados prestados ao doente e aperfeiçoar os serviços nas áreas mais deficitárias. No que respeita à produção de bens e prestação de serviços, o conceito de qualidade representa um desafio para a maioria dos atores que operam na área da saúde. De acordo com o Ministério da Saúde (2013), a qualidade em Saúde implica a adequação dos cuidados às necessidades e expectativas do cidadão bem como o melhor desempenho possível. Neste sentido, é fundamental entender as tendências de evolução das necessidades e expectativas, a forma como os próprios cuidados de saúde se desenvolvem, como isso condiciona a procura de cuidados e o que está a passar-se na interface entre doentes e prestadores de cuidados. Atualmente com um elevado grau de interesse, o conceito de qualidade apresenta-se complexo, evolutivo e muito abrangente(Campos, Saturno & Carneiro 2010). Englobando as dimensões da segurança, efetividade, cuidados centrados no doente, oportunidade/acesso, eficiência, equidade, continuidade e respeito, o foco é a garantia da qualidade materializada nas boas práticas. A qualidade consiste na obtenção dos maiores benefícios para o paciente, definidos em função do alcançável, de acordo com os recursos disponíveis e os valores sociais existentes, mas com os menores riscos (Donabedian, 2003). O elevado grau de excelência profissional, a eficiência na utilização dos recursos, a satisfação para os utilizadores e a obtenção de ganhos em saúde, são considerados componentes essenciais nos cuidados de qualidade. No que diz respeito à área da Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem, área especializada da enfermagem, sabe-se que a mesma exige um conjunto de competências para uma resposta de nível avançado, com segurança e competência aos problemas de saúde da criança do jovem e das famílias. O enfermeiro especialista nesta área “tem como desígnio, o trabalho em parceria com a criança/jovem e família/pessoa significativa, em qualquer contexto em que ela se encontre (…), de forma a promover o mais elevado estado de saúde possível” (OE, 2011, p.3). Apesar deste reconhecimento, a interação enfermeiros-pais no desenvolvimento do processo de cuidados à criança em parceria, é vista, ainda hoje, como uma tarefa algo complexa. Numa tentativa de acompanhar a ampliação da conceção de cuidados e de potenciar a qualidade dos cuidados prestados, a parceria de cuidados tem vindo a ganhar relevo como configuração de cuidar em pediatria, a qual privilegia a interação dos intervenientes e potencia a obtenção de ganhos em saúde. A partir de uma abordagem centralizada na opinião, dos enfermeiros e dos pais presentes em pediatria, procurou-se identificar a perceção dos mesmos sobre os ganhos obtidos com a parceria de cuidados. Foi realizado um estudo de natureza qualitativa, sustentado teoricamente no interaccionismo simbólico. Fizeram parte da amostra 12 enfermeiros da unidade de pediatria de um hospital do norte de Portugal e 18 mães/pais presentes em pediatria com o filho. A colheita de dados foi feita através da entrevista semiestruturada. O corpus de dados foi submetido a análise de conteúdo, através do recurso ao software Nvivo8. Das categorias emergentes destacam-se, “segurança e proteção da criança”, “mediação do processo de cuidados pelos pais” e “acessibilidade aos dados pelos enfermeiros”. Os participantes reconhecem a importância do desenvolvimento da parceria com os pais, considerando-a benéfica para todos os intervenientes no processo. A parceria de cuidados potencia a segurança e a proteção da criança e coloca os pais no papel de mediadores do processo, na medida em que são eles o elo de ligação entre a criança e os enfermeiros. A acessibilidade aos dados para a instrução do processo de cuidados é facilitada com a parceria de cuidados dado o envolvimento mais efetivo dos pais.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/50685
ISBN978-84-48612-75-7
Outros identificadores978-84-48612-75-7
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:ESE-CIE - Livros e Capítulos de Livros / Books and Book Chapters

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