Utilize este identificador para referenciar este registo:
https://hdl.handle.net/1822/50990
Título: | Entre as margens e o centro: Fialho de Almeida, um retrato (im)possível |
Outro(s) título(s): | Between the margins and centre: Fialho de Almeida, and (im)possible portrait |
Autor(es): | Mateus, Isabel Cristina |
Palavras-chave: | Fialho de Almeida Literatura portuguesa do século XIX Estéticas fim de século Grotesco Expressionismo Portuguese 19th-Century literature End-of-the-Century Aesthetics the Grotesque Expressionism |
Data: | 2017 |
Editora: | Universidad de Extremadura |
Revista: | Limite: Revista de Estudios Portugueses y de la Lusofonía |
Citação: | Mateus, Isabel Cristina, “Entre as margens e o centro: Fialho de Almeida, um retrato (im)possível”. In: Limite. Revista de Estudios portugueses y de la Lusofonía, “Vol. 11.2/2017, Linguística Histórica (coord. Carrasco González, Juan; Alonso Prada, Raquel), Universidad de Extremadura), pp. 155-172. |
Resumo(s): | No ano em que se comemora o 160º aniversário do nascimento de Fialho de Almeida (1857-1911), é ainda mais urgente sublinhar o lugar central (a vários títulos pioneiro) que o escritor merece entre os autores mais marcantes da cena literária portuguesa da segunda metade do século XIX. Autor multifacetado e maldito, dividido entre a fúria do panfletário, a acutilância do crítico de arte, a ternura do paisagista e a imaginação delirante do ficcionista, o estatuto de Fialho de Almeida tem sido sempre o de escritor marginal. O seu foi sempre um olhar das margens geográficas, culturais, literárias, políticas, para o centro da Europa ou das academias, num permanente desafio de cânones e convenções, de toda e qualquer forma de ortodoxia pensante.
A diferença deste olhar não terá sido compreendida pelos contemporâneos que nele viram o ressentimento do romancista que Fialho nunca poderia ser. À distância de mais de um século, porém, esse olhar revela-nos o futuro que nele já se anunciava e viríamos a reconhecer como nosso. Da recusa do realismo fotográfico à crítica de arte, da escrita fragmentária à fragmentação do “eu”, do grotesco ao expressionismo então apenas adivinhado, ainda sem nome nem rosto na Europa, a escrita de Fialho descobre-nos uma “óptica delirante” que coloca este autor no centro de uma modernidade literária e artística que importa hoje reconhecer. The year in which we celebrate the 160th anniversary of the birth of Fialho de Ameida (1857-1911) it is more urgent than ever to underline the central place (in various pioneering works) that this author merits among the most important authors of the Portuguese literary landscape of the second half of the 19th century. He was a multifaceted and unlucky author, divided between the worlds of an author of pamphlets, an art critic, a landscape designer, and a delirious inventor of fiction. In all of these areas, he has always been labelled as a marginal author. His was always a gaze from the margin, whether geographical, cultural, literary or political so that when he looked at the centre of Europe or the Academy, it was always to defy canons and conventions and any form of orthodox thought. The diferenca of this viewpoint was not understood by his contemporaries who resented Fialho's lack of Romanticism. More than a century later, this unique vision reveals an insight into the future. From his rejection of photographic realism, to his art criticism, to his fragmentary writing, to his fragmentation of " I", to the grotesque, to expressionism, then barely understood, without name or face in Europe, Fialho ' s writing opens up for us a " delirious optic" that places this author in the centre of a literary and artistic modernity that today is important to recognize. |
Tipo: | Artigo |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/50990 |
ISSN: | 1888-4067 |
e-ISSN: | 2253-7929 |
Arbitragem científica: | yes |
Acesso: | Acesso restrito UMinho |
Aparece nas coleções: | CEHUM - Artigos publicados em revistas |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
revista limite.pdf Acesso restrito! | 334,6 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |