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https://hdl.handle.net/1822/63014
Título: | ‘Like an inspired and desperate alchymist’: Ler/Ser Frankenstein no cruzamento das ciências e das humanidades |
Autor(es): | Guimarães, Paula Alexandra |
Palavras-chave: | Mary Shelley Frankenstein Ciências Humanidades |
Data: | 2018 |
Editora: | Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação (FEUSP) |
Citação: | Guimarães, Paula Alexandra (2018). ‘Like an inspired and desperate alchymist’: Ler/Ser Frankenstein no Cruzamento das Ciências e das Humanidades. Em O Mito de Frankenstein. Imaginário & Educação, Orgs. Alberto F. Araújo, Rogério de Almeida e M. Beccari, Cap. VII. Coleção Mitos da Pós-Modernidade – Vol.1. São Paulo/Brasil: Editora USP, Faculdade de Educação. Pp. 175-197. DOI: 10.11606/9788560944866 |
Resumo(s): | Ao conceber a sua história paradigmática, publicada no início de 1818, a jovem Mary (Wollstonecraf Godwin) Shelley (1797-1851) procurou, pela primeira vez na história da literatura universal, substituir a então popular, embora desgastada, fórmula do romance gótico tradicional por um enredo que fosse não só mais verosímil, mas mais moderno também; isto é, um conto fantástico com origem num interesse condizente com a sua época progressivamente positivista e empirista: a especulação (pseudo-)científica. E, de facto, no contexto das palavras reveladoras do protagonista de Alastor, o poeta-cientista de conceção Romântica – “And my heart ever gazes on the depth / Of thy deep mysteries” – uma das maiores preocupações dos ‘cientistas’ nas primeiras décadas do século XIX envolvia a descoberta dos mistérios associados ao funcionamento da Natureza, incluindo a origem da própria vida e, também, da consciência humana: em suma, implicava facultar a revelação ‘daquilo que verdadeiramente somos’ (“to render up the tale of what we are”). Em virtude desta surpreendente inovação romanesca, assim como do seu tema intrinsecamente transgressivo, a obra passou a ser considerada, nomeadamente pelo escritor inglês Brian Aldiss, um marco inaugural de um novo e influente género literário – a ficção científica. Mas, acima de tudo, Frankenstein, or the Modern Prometheus (um subtítulo que enfatiza a ironia dessa modernidade) ficaria para sempre conhecido por ter dado origem a um mito que, embora suportado no Prometeu clássico, foi por muitos definido como o grande, senão único, mito original produzido pela Idade da Ciência e da Técnica. Nem humano nem inanimado, preso num vazio identitário sem resolução, o monstro permanece até aos dias de hoje um desafio incontornável quer para aqueles que constroem ‘comunidades de afinidade’ e de afeto, quer para aqueles que desejam de alguma forma redimir a promessa das humanidades, sobretudo face ao crescente domínio das ciências exatas. |
Tipo: | Capítulo de livro |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/63014 |
e-ISBN: | 978-85-60944-86-6 |
Versão da editora: | http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/view/213/193/895-1 |
Acesso: | Acesso aberto |
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