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TítuloA perspetiva neuro-hormonal da paternidade: uma revisão
Autor(es)Silva, Catarina Sofia Maia
Martins, Cristina Araújo
Palavras-chaveFathers
Hormones
Brain
DataMai-2018
EditoraAssociação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras (APEO)
Resumo(s)Introdução: As mudanças no papel do pai, o seu envolvimento no cuidado à criança e os padrões específicos das interações entre pai e filho apresentam contribuições únicas para o crescimento social, emocional e cognitivo das crianças (Feldman, Bamberger, & Kanat-Maymon, 2013). No entanto, ao contrário da maternidade, em que as alterações hormonais (Makieva, Saunders, & Norman, 2014) e neurais (Atzil, Hendler, & Feldman, 2011) estão bem descritas na literatura, a pesquisa sobre trajeto hormonal e neural dos homens durante a gravidez e pós-parto é limitada. Objetivo: Sistematizar a evidência sobre as alterações hormonais e neurais no homem, futuro pai, durante o período pré e pós-natal; tendo como finalidade sustentar uma prática clínica facilitadora da transição para a paternidade. Metodologia: Revisão da literatura orientada pela questão de investigação “Quais as alterações hormonais e neurais nos homens durante o período pré-natal e pós-natal?”. Para a seleção de estudos recorreu-se à pesquisa em bases de dados eletrónicas, via EBSCOhost e B-on, no idioma inglês e com restrição de data entre 2000 e 2018. Incluídos 20 artigos. Resultados: Estudos focados na transição para a parentalidade relatam correlações nos níveis de cortisol e progesterona entre o casal durante a gravidez (Edelstein, Wardecker, Chopik, Moors, Shipman & Lin, 2015). Os níveis séricos de cortisol no homem aumentam ao longo da gravidez (Storey, Walsh, Quinton, & Wynne-Edwards, 2000), havendo alguma evidência de que níveis elevados próximos do parto estão relacionados com uma preparação do homem para o cuidar. A progesterona não apresenta mudanças significativas durante o período pré-natal (Edelstein, Wardecker, Chopik, Moors, Shipman & Lin, 2015), no entanto a literatura evidencia que os homens que relatam emoções mais positivas depois de interagirem com os seus filhos apresentam níveis mais elevados desta hormona (Gettler, Mcdade, Agustin, & Kuzawa, 2013). Os homens apresentam declínios significativos na testosterona durante a gravidez, estando este declínio associado a um maior investimento, comprometimento e satisfação no pós-parto (Saxbe et al., 2017). Homens com filhos têm níveis plasmáticos de ocitocina mais elevados do que homens sem filhos (Mascaro, Hackett, & Rilling, 2014) e estes aumentam nos primeiros 6 meses de paternidade (Gordon, Zagoory-Sharon, Leckman, & Feldman, 2010). A administração intranasal de vasopressina desencadeia no homem o interesse pelos bebés e pelo papel paterno (Cohen-Bendahan, Beijers, Van Doornen, & Weerth, 2015). As mães mostram maior ativação da amígdala e correlações entre a resposta da amígdala e a ocitocina. Por sua vez os homens apresentam maior ativação dos circuitos sóciocognitivos, que se correlacionam com a vasopressina (Atzil, Hendler, Zagoory-Sharon, Winetraub, & Feldman, 2012). Nos primeiros quatro meses pós-parto, o homem apresenta mudanças estruturais no cérebro, com alteração do volume de massa cinzenta em várias regiões neurais (Kim et al., 2014). Conclusão: Os homens experienciam mudanças hormonais e neurais que moldam a sua adaptação ao papel paterno. Reconhecer o quão desafiante pode ser a transição para a paternidade, a relação entre hormonas e mente, permite aos profissionais de saúde empreenderem esforços para adotarem práticas capazes de facilitar esta transição ímpar na vida do homem e da família.
TipoPoster em conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/63057
ISBN978-989-97008-2-6
Versão da editorahttps://issuu.com/apeorevista/docs/ebook_apeo_2018
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:ESE-CIE - Comunicações / Communications

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