Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/63069

TítuloParto vaginal versus cesariana [ : ] contributos para a saúde da criança
Autor(es)Silva, Catarina Sofia Maia
Leite, Estela Carolina Castro
Martins, Cristina Araújo
Palavras-chaveVaginal delivery
Cesarean section
Infant microbiota
Childhood
Data2018
Resumo(s)Introdução: A microbiota intestinal humana é um ecossistema complexo, constituído por centenas de diferentes espécies de bactérias que impedem a colonização do intestino por potenciais microrganismos patogénicos e preservam a saúde através de interações com o sistema imunológico (Fallani et al., 2010; Young, 2012). O processo de desenvolvimento desta microbiota é influenciado pelo tipo de parto (Jakobsson et al., 2014), tendo reflexo na maturação intestinal, na programação metabólica e imunológica e, consequentemente, na saúde da criança a curto e longo prazo (Rook, Lowry, & Raison, 2015). Aproximadamente aos três anos de vida a diversidade e complexidade da microbiota intestinal está estabelecida e assemelha-se à dos adultos (Voreades, Kozil, & Weir, 2014). Objetivo: Sistematizar a evidência sobre o tipo de parto e seu impacto na saúde da criança; tendo como finalidade poder contribuir para a melhoria das práticas clínicas no aconselhamento pré-natal. Metodologia: Revisão integrativa da literatura orientada pela questão de investigação “Qual o impacto do tipo de parto na saúde da criança?”. Para a seleção de estudos recorreu-se à pesquisa em bases de dados eletrónicas, via EBSCOhost e B-on, no idioma inglês e com restrição de data entre 2010 e 2017. Incluídos 20 artigos. Resultados: Bebés nascidos por parto vaginal apresentam uma mibrobiota com bactérias do género Bifidobacterium e Bacteroides, enquanto que nos nascimentos por cesariana a colonização com Clostridium prevalece (Makino et al., 2013; Rutayisire, Huang, Liu, & Tao, 2016) . A abundância Bifidobacterium promove o desenvolvimento e maturação do sistema imunitário e está ligada a um decréscimo no risco de doenças atópicas na infância (van Nimwegen et al., 2011), enquanto que elevados níveis de Clostridium são preditores do desenvolvimento de doenças na infância, como asma e outras doenças alérgicas (Jakobsson et al., 2014; Rutayisire et al., 2016). Quando comparada com o parto por via vaginal, a cesariana está associada ao aumento do risco de asma na infância (Magnus et al., 2011; Almqvist, Cnattingius, Lichtenstein, & Lundholm, 2012; Black, Bhattacharya, Philip, Norman, & McLernon, 2015). Crianças nascidas por cesariana têm maior probabilidade de ter excesso de peso (Li, Ye, Pei, Ren, Zheng, & Liu, 2014) e obesidade na infância (Huh et al., 2012), estando este tipo de parto significativamente associado ao aumento da adiposidade, a partir das 6 semanas de vida até aos 15 anos de idade (Blustein et al., 2013). A cesariana é considerada fator de risco para a doença de Crohn em idade pediátrica (Li et al., 2014). A microbiota intestinal interfere no desenvolvimento cerebral (motor, social e cognitivo) (Heijtz, 2016), apresentando as crianças nascidas por cesariana eletiva um atraso no desenvolvimento cognitivo e motor até aos 9 meses de idade (Al Khalaf et al., 2015) Conclusão: O nascimento é um período crítico na fundação do microbioma intestinal e pode moldar a trajetória do bem-estar infantil, devido à relação estreita entre microbioma e desenvolvimento de patologia. Abordar este tema no pré-natal pode contribuir para a consciencialização e tomada de decisão mais assertiva dos pais face ao impacto do parto na saúde dos seus filhos, a curto e longo prazo.
TipoPoster em conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/63069
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:ESE-CIE - Comunicações / Communications

Ficheiros deste registo:
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Parto vaginal versus cesariana_contributos para a saúde da criança.pdfPoster apresentado no 2º Encontro Internacional de novos paradigmas no nascimento1,06 MBAdobe PDFVer/Abrir

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