Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/73736

TítuloPara uma nova teoria dos media, do espaço público e da opinião pública
Autor(es)Martins, Moisés de Lemos
Palavras-chaveModernidade
Pragmática universal de Habermas
Teoria da imagem
Teoria dos media
Teoria social
Modernity
Habermas's universal pragmatics
Image theory
Media theory
Social theory
Data2021
EditoraTinta da China
CitaçãoMartins, M. L. (2021). Para uma nova teoria dos media, do espaço público e da opinião pública. In C. G. Riley, C. Henriques, P. M. Gomes, & T. C. Cunha (Eds.), A liberdade por princípio: Estudos e testemunhos em homenagem a Mário Mesquita (pp. 519-535). Tinta da China.
Resumo(s)O moderno é um regime do olhar que projeta na história um propósito emancipador. E os media realizam este propósito constituindo-se como uma promessa de cidadania, uma promessa de liberdade, igualdade e comunicação, ou seja, uma promessa de comunidade. Foi Habermas quem fez recair o projeto histórico de emancipação humana numa proposta idealista de comunicação, em que consiste a validade intersubjetiva das proposições. Qual mito das origens, a configuração idealista habermasiana da comunicação universal estabelece a história sobre um passado imemorial, com uma relação inteira e plena, sonhada no começo, a constituir-se como a promessa de um fim último. A pragmática da comunicação como desafio transcendental coloca, todavia, a teoria social numa situação difícil, quando se trata de avaliar as condições atuais dos media na sociedade. Porque as condições de possibilidade da comunicação em geral, propostas por Habermas, ou seja, as condições universais da comunicação, supõem um plano de significação logicamente anterior à comunicação efetiva. A teoria social de Habermas dá total favor à função representacionista dos enunciados, o que quer dizer à pretensão à verdade das proposições, em prejuízo das funções propriamente comunicacionais da linguagem. São, no entanto, as ciências sociais, e não a pragmática universal de Habermas, que se preocupam com os usos particulares empíricos da comunicação. A teoria dos média centrou-se classicamente na racionalidade discursiva, isto é, no conteúdo das mensagens, com os média a serem encarados como um espaço de palavra. Vimos isso em Tarde, Ortega y Gasset, Dewey, Lippmann, Adorno, Horkheimer e Arendt. E continuamos a ver a mesma coisa em Habermas, Apel, McQuail, Luhmann, e mesmo em Hall e Castells. Mas esta situação alterou-se, em grande medida, pelo facto de nas últimas décadas a experiência humana ter passado a estar, total e infinitamente, mobilizada nas suas práticas por toda a espécie de tecnologias da informação e da comunicação, sobretudo por plataformas móveis de comunicação, informação e lazer, assim como por novas formas de interação social, e mesmo por modelos emergentes de interação. Este texto avalia os efeitos para a teoria dos media desta passagem de uma racionalidade centrada no logos a uma racionalidade centrada na imagem.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/73736
ISBN978-989-671-592-2
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CECS - Livros e capítulo de livros / Books and book chapters

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