Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/81352

TítuloA arte de macular: como é recebido o artivismo descolonizador feminista pelos jornais italianos? O caso da estátua de Montanelli
Outro(s) título(s)The art of smearing: how is feminist decolonizing artivism received by Italian Newspapers? The case of Montanelli’s Statue
Autor(es)Mandolini, Nicoletta
Palavras-chaveIndro Montanelli
Feminist Artivism
Decolonizing Feminist Artivism
Italian Journalism
Italian Colonialism
Gender-Based Violence
Artivismo feminista
Violência baseada no género
Jornalismo italiano
Descolonização
Colonialismo italiano
Decolonizing
Data16-Dez-2022
EditoraUniversidade do Minho. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
RevistaComunicação e Sociedade
CitaçãoMandolini, N. (2022). A Arte de Macular: Como É Recebido o Artivismo Descolonizador Feminista Pelos Jornais Italianos? O Caso da Estátua de Montanelli. Comunicação E Sociedade, 42, 245–258. https://doi.org/10.17231/comsoc.42(2022).4025
Resumo(s)On March 8, 2019, during a demonstration organised on occasion of the International Women’s Day in Milan, members of the feminist collective Non Una Di Meno (not one woman less) Milano threw washable pink paint on the statue that commemorates the Italian journalist Indro Montanelli (1909–2001). The aim of exposing at a visual level the acclaimed writer’s controversial past was crucial to the group’s symbolic action. In fact, despite being a reference figure for many Italian intellectuals, Montanelli participated in the Abyssinian war in 1935 and, as a member of the fascist army, he engaged in a relationship with a 12-year-old local girl who acted as his wife and sexual object. The collective’s action, which can be labelled as a feminist decolonizing performance, has already been read as a form of artivism that manipulated the Italian’s artistic heritage with the objective of criticising the existing narrative on Italy’s colonial past. In this sense, an analysis of the resonance that journalistic coverage assigned to the event proves crucial for understanding the impact that such an action has had on Italian public opinion and the progress towards the country’s mental decolonization. This article presents the findings of a qualitative analysis conducted on a corpus of 10 online newspaper articles published in the aftermath of the artivist performance on Montanelli’s statue. The study employs Foucauldian critical discourse analysis in order to identify the rhetorical strategies used by journalists to criticise or legitimate the feminist collective’s action. Among these strategies, particular attention is paid to those discursive techniques adopted to portray the act as a form of vandalism or, on the contrary, as a form of art. The aim is to show how the discourse on art versus non-art/vandalism is used to confirm (or overcome) the discursive limits imposed by the still dominant narratives on the nation’s colonial history as well as on the disposability of “othered” women’s bodies.
No dia 8 de março de 2019, durante uma manifestação organizada no âmbito do Dia Internacional da Mulher em Milão, membros do coletivo feminista Non Una Di Meno (nem uma mulher a menos) de Milão lançaram tinta rosa lavável sobre a estátua em homenagem ao jornalista italiano Indro Montanelli (1909–2001). O objetivo de expor visualmente o passado controverso do aclamado escritor foi crucial para a ação simbólica do grupo. Apesar de ser uma figura de referência para muitos intelectuais italianos, Montanelli participou na guerra abissínia em 1935 e, como membro do exército fascista, manteve um relacionamento com uma menina local de 12 anos que desempenhou o papel de esposa e objeto sexual. A ação do coletivo, que pode ser rotulada como uma performance feminista descolonizadora, já foi lida como uma forma de artivismo que manipulou a herança artística italiana visando criticar a narrativa vigente sobre o passado colonial italiano. Assim, para compreender o impacto que a ação teve na opinião pública italiana e o progresso para a descolonização mental do país, é crucial uma análise da ressonância que a cobertura jornalística atribuiu ao evento. Este artigo apresenta os resultados de uma análise qualitativa realizada sobre um corpus de 10 artigos de jornal online publicados na sequência da performance artivista sobre a estátua de Montanelli. O estudo utiliza a análise crítica do discurso foucaultiano para identificar as estratégias retóricas utilizadas pelos jornalistas para criticar ou legitimar a ação do coletivo feminista. Entre estas estratégias, é dada particular atenção às técnicas discursivas adotadas para retratar o ato como uma forma de vandalismo ou, pelo contrário, como uma forma de arte. O objetivo é mostrar como o discurso sobre arte versus não arte/vandalismo é usado para confirmar (ou superar) os limites discursivos impostos pelas narrativas ainda dominantes sobre a história colonial da nação, bem como sobre a disponibilidade de corpos de mulheres “alheias”.
TipoArtigo
URIhttps://hdl.handle.net/1822/81352
DOI10.17231/comsoc.42(2022).4025
ISSN1645-2089
e-ISSN2183-3575
Versão da editorahttps://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/4025
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CECS - Artigos em revistas nacionais / Articles in national journals

Ficheiros deste registo:
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A Arte de Macular_PT.pdfVersão PT125,64 kBAdobe PDFVer/Abrir
The Art of Smearing_EN.pdfVersão EN114,04 kBAdobe PDFVer/Abrir

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