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https://hdl.handle.net/1822/84502
Título: | Célula de vapor de rubídio em silício micromaquinado para magnetoencefalografia |
Outro(s) título(s): | Rubidium vapor cell in micromachined silicon for magnetoencephalography |
Autor(es): | Vieira, José Nuno Arantes Barbosa Mendanha |
Orientador(es): | Maciel, Marino Jesus Correia |
Palavras-chave: | Anodic bonding Célula de vapor de metal alcalino Magnetómetro de bombeamento ótico MEMS Rubídio-87 Alkali-metal vapor cell Optically pumped magnetometer (OPM) Rubidium-87 |
Data: | 23-Dez-2022 |
Resumo(s): | A magnetoencefalografia (MEG) é um exame que permite realizar o mapeamento da eletrofisiologia
cerebral, tendo por isso uma contribuição bastante considerável em estudos neurocientíficos. No
entanto, este exame é baseado atualmente em sensores SQUID (Superconducting Quantum Interference
Device) apresentando como desvantagens o elevado volume do equipamento, necessidade de
arrefecimento criogénico, não portabilidade e custos de manutenção elevados. Os magnetómetros de
bombeamento ótico (OPMs) apresentam-se como alternativa promissora. Os OPMs têm uma
sensibilidade elevada, equiparável aos sensores SQUID, apresentando como vantagem a possibilidade
de criação de uma touca cerebral flexível, ajustável à cabeça de cada paciente.
A sensorização por OPMs recorre a uma fonte de luz, a uma célula de vapor de um metal alcalino e a
um fotodetetor. O elemento principal dos OPMs é a célula de vapor, sendo que os principais objetivos
desta dissertação de mestrado são o estudo e fabrico de uma célula de vapor de metal alcalino,
recorrendo a tecnologias de microfabricação. O rubídio (Rb), particularmente o isótopo 87Rb, é o metal
alcalino que apresenta maior sensibilidade a campos magnéticos do cérebro. Após micromaquinagem
do silício para criação da cavidade da célula, recorre-se à técnica anodic bonding, que permite fazer a
ligação permanente vidro-silício-vidro e a selagem da célula. O anodic bonding foi testado a diferentes
temperaturas (225ºC a 300ºC), para uma tensão DC de 1000 V. Com maior força de ligação (> 500 N),
maior homogeneidade na interface e menor quantidade de defeitos (inspeção por imagens SEM e por
imagens microscópicas), as ligações que ocorreram a 275ºC e 300ºC apresentam melhores resultados,
permitindo melhores resultados de adesão. Após primeiro anodic bonding à pressão atmosférica, uma
solução aquosa de azida de Rb é pipetada na cavidade da célula. Esta solução é depois evaporada a
100ºC, seguindo-se o segundo anodic bonding em vácuo, de modo a não existir oxigénio no interior da
célula, que reage com o Rb. Depois de obtida a célula, procede-se à decomposição da azida de Rb através
de exposição ultravioleta a 254 nm, em vapor de Rb e azoto (N2).
Os trabalhos desenvolvidos no âmbito desta dissertação representam um passo essencial na
miniaturização das células de vapor de metal alcalino, componente principal dos OPMs para aplicações
MEG. Magnetoencephalography (MEG) is an exam that allows the mapping of brain's electrophysiology, having a considerable contribution in neuroscientific studies. However, this exam is currently based on Superconducting Quantum Interference Device (SQUID) sensors and presents some disadvantages, such as the high volume of the equipment, the need for cryogenic cooling, non-portability, and high maintenance costs. Optical pumping magnetometers (OPMs) are the most promising alternative to SQUID sensors, being extensively studied in the literature. The OPMs present high sensitivity, comparable to SQUID and allow flexible implementation on a brain cap, adjustable to the head of the patient. OPM uses a light source, an alkali vapor cell, and a photodetector. The active part of this device is the alkali-metal vapor cell. Thus, the main objectives of this dissertation are the study and fabrication of this component using microfabrication technologies. The rubidium (Rb), particularly the 87-isotope, is the alkali-metal material that presents the best value of sensibility for brain magnetic field measurements. After silicon micromachining for the creation of a cavity in the cell, it is used the anodic bonding technique, which allows a permanent connection between glass and silicon, and the cell sealing. The anodic bonding was tested at different temperatures (225ºC to 300ºC), with a 1000 V DC voltage. The process at 275ºC and 300ºC present higher bonding force (> 500 N), better homogeneity in the interface, and a low number of defects (inspection through Scanning electron microscope (SEM) and microscope images), allowing better adhesion results. After the first anodic bonding at atmospheric pressure, the aqueous solution of the rubidium azide (RbN3) is pipetted into the vapor cell cavity. This solution is then evaporated at 100ºC, and a second anodic bonding in vacuum is applied. In this way, there is no oxygen inside the cell, so as not to react with Rb. After the second bonding of the cell, the decomposition of the RbN3 is performed, through the exposition to UV (ultraviolet) radiation, using a 254 nm lamp, Rb vapor and N2 vapor are obtained. The work developed in this dissertation represents an essential step toward the miniaturization of alkal metal vapor cells, the main component of OPMs for MEG applications. |
Tipo: | Dissertação de mestrado |
Descrição: | Dissertação de mestrado integrado em Engenharia Biomédica (especialização em Eletrónica Médica) |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/84502 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | BUM - Dissertações de Mestrado CMEMS - Dissertações de mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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