Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/90711

TítuloA influência africana nas tradições construtivas da Região Sertão do nordeste do Brasil
Autor(es)Lima, Darlan de
Silva, Cidália F.
Bessa, Sofia
Editor(es)Nunes, Cícera
Palavras-chaveRegião Sertão do Nordeste do Brasil
Tradições construtivas
Contribuição africana
Reinterpretações do território sertanejo
Data2023
EditoraUniversidade Regional do Cariri
CitaçãoLima, Darlan; Silva, Cidália & Bessa, Sofia (2023) “A influência Africana nas tradições construtivas da Região Sertão do Nordeste do Brasil”, in XIV Congresso Internacional Artefactos da Cultura Negra. Cícera Nunes (org.) Universidade Regional do Cariri. Cariri, Ceará, Brasil. Bpn. pp. 166-173
Resumo(s)O predomínio da investigação sobre as Fazendas do Gado celebra a uníssona herança portuguesa, tanto na territorialidade do espaço sertanejo bem como nas tradições construtivas. Assim, a literatura de referência subtrai a existência do contributo africano e dos povos originários na construção do Território do Sertão do nordeste do Brasil. Esta subtração apaga a evidência da cultura imanente, efeito da miscigenação da população originária com os povos africanos, os quais mesmo no contexto escravista consolidaram um patrimônio comum, enraizado na terra. Estas constatações baseiam-se na investigação de doutoramento em curso, a qual através da revisão bibliográfica transdisciplinar, verifica lacunas sérias a respeito das contribuições africanas na formação do espaço sertanejo. No Estado da Arte a respeito da formação do território sertanejo as tradições construtivas vindas de África aparecem irrisórias e pouco referenciadas, mesmo diante do lastro evidente desta contribuição cultural para a formação das técnicas construtivas, no que respeita os materiais e os métodos construtivos. Os povos originários da região em pauta utilizavam-se essencialmente dos materiais vegetais para a construção de suas habitações. Atendendo aos desígnios da coroa e seus prepostos, os métodos construtivos dos povos portugueses predominaram na zona litorânea e nos interiores com centros económicos de maior vulto. A urbanização do colonizador reproduzia a fisionomia portuguesa, tanto nos partidos arquitetônicos como nos materiais e métodos construtivos. Em contraposição, os Quilombos e os agrupamentos das populações evadidas do ambiente escravista, imposta pelo invasor, remontam a meados do século XVI, ocupando de modo efetivo e vasto desde então o território sertanejo. O uso da terra enquanto principal material construtivo aferido nas taipas e no abobe, os arquétipos construtivos símiles às tradições dos povos Bantu e a abrangência dos territórios das populações tradicionais deflagram a inquestionável presença dos artefatos arquitetônicos da cultura negra no espaço sertanejo. Ao incorporar outras referências equivalentes no estudo do território em análise como, por exemplo - Clóvis Moura; Kabengele Munanga; Nelson W. Sodré; Rafael S. A. dos Anjos - somos demandados a outros modos de ver, de ler e de reinterpretar o território de modo equânime, incluso a contribuição africana presente na cultura construtiva da região Sertão.
TipoArtigo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/90711
ISBN978-65-88971-46-8
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:EAAD - Comunicações

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2023_Darlan_Silva_Bessa_XIVCongresso_artefatos-da-cultura-negra-o.pdf5,08 MBAdobe PDFVer/Abrir

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