Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/82227

TítuloMulheres trans: trajetos de vida, estigma e luta como trabalhadoras sexuais no norte de Portugal
Outro(s) título(s)Trans women: life trajectories, stigma and struggle as sex workers in northern Portugal
Autor(es)Silva, Diana Isabel Pereira
Orientador(es)Ribeiro, Fernando Bessa
Palavras-chaveConstrução identitária
Género
Mulheres trans
Pandemia
Trabalho sexual
Identity construction
Genre
Trans women
Pandemic
Sex work
Data11-Nov-2022
Resumo(s)Numa sociedade onde o sexo mercantil é olhado com preconceito, estigma e a uma certa distância, os trabalhadores sexuais assumem-se cada vez mais como profissionais, percecionando a prostituição como um trabalho. Contudo, em Portugal, legalmente, o trabalho sexual ainda não é reconhecido como atividade laboral. Socialmente, acontece o mesmo, embora sejam cada vez mais numerosas as vozes que exigem o seu reconhecimento como trabalho. No contexto social e pandémico em que se insere, este estudo propõe compreender como os indivíduos atuam e interagem no campo do trabalho sexual de pessoas trans1 . Deste modo, pretende-se compreender como se constrói a sua identidade de género, qual é a sua relação com o seu corpo e com as transformações físicas que realizaram/desejam realizar. Como encaram a sua realidade social? Como são as suas relações interpessoais com familiares, amigos, pares e no campo do trabalho sexual? Como se dá a sua entrada no campo do trabalho sexual e quais as suas motivações e finalidades? A par disto, numa realidade em que são conhecidos problemas de saúde pública, nomeadamente doenças transmissíveis por via sexual, junta-se agora um outro vírus de fácil e rápida propagação. Como se adaptaram os trabalhadores sexuais trans à pandemia de COVID-19 e seus constrangimentos? A metodologia utilizada foi de tipo qualitativo, considerando que o problema de investigação incide sobre como os indivíduos tomam decisões e as significações que constroem. Como técnica de recolha de dados, contribuiu para esta pesquisa principalmente o trabalho etnográfico, ainda que de forma intermitente, em cidades dos distritos de Braga e do Porto. Este estudo expõe a dupla estigmatização de que as mulheres trans trabalhadoras sexuais são alvo, uma vez que desempenham um trabalho com uma representação social negativa, desafiando o modelo cisheteronormativo e binário. Para além disso, os seus corpos são instrumentos de construção da identidade pessoal, sendo que o campo do trabalho sexual, para além das suas finalidades, funciona ainda como um campo de empoderamento e reafirmação identitária.
In a society where commercial sex is wounded with prejudice, stigma and a certain distance, sex workers increasingly assume themselves as professionals, perceiving sex work as a job. However, in Portugal, legally, prostitution is not yet recognized as a work activity. Socially, it does happen, although there are more voices demanding its recognition as work. In the social and pandemic context in which it is inserted, this study proposes to understand how individuals act and interact in the field of sex work by trans people. In this way, it is intended to understand how their gender identity is constructed, what is their relationship with their body and with the physical transformations they have carried out/want to carry out. How do they view their social reality? How are your interpersonal relationships with family, friends, peers and in the field of sex work? How do you enter the field of sex work and what are your motivations and purposes? Alongside this, in a reality where public health problems are known, namely sexually transmitted diseases, there is now another virus that is easy and fast to spread. How did trans sex workers adapt to the COVID-19 pandemic and its constraints? A methodology used was of a qualitative type, considering that the investigation focuses on how the methods of decisions are taken and how meanings. As a data collection technique, ethnographic work contributed to this research, albeit intermittently, in some cities in the district of Braga and Porto. This study exposes the double stigmatization that trans women sex workers are targeted, since they perform work with a negative social representation, challenging the cisheteronormative and binary model. In addition, their bodies are instruments for the construction of personal identity, and the field of sex work, in addition to its purposes, also functions as a field of empowerment and identity reaffirmation.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em Sociologia (especialização em Políticas Sociais)
URIhttps://hdl.handle.net/1822/82227
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado
CICS-UMINHO - Dissertações de Mestrado / MSc Dissertations

Ficheiros deste registo:
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