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https://hdl.handle.net/1822/14365
Título: | O papel da escola no combate à divisão digital |
Autor(es): | Silva, Bento Duarte Pereira, Maria da Graça Caridade Barbosa |
Palavras-chave: | e-exclusão Divisão digital Democratização digital |
Data: | 2011 |
Editora: | Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
Resumo(s): | Nesta comunicação analisa-se a problemática da divisão digital, um tema vital na medida em que, ao vivermos na Sociedade da Informação e Comunicação, ter acesso às tecnologias é fonte de poder para intervir num mundo cada vez mais globalizado. Um recente estudo dá conta da valorização que os cidadãos atribuem ao acesso à Internet: 79% dos inquiridos entendem que “estar ligado” deveria ser considerado “um direito fundamental para todos”, acrescentado à Carta dos Direitos Humanos das Nações Unidas . Apesar dos esforços que têm vindo a ser feitos para dotar as sociedades e os cidadãos de tecnologias digitais, o certo é que há desigualdades profundas a nível internacional, nacional, regional e local. Segundo a UNESCO (2007), a nível mundial apenas 11% da população tinha acesso à Internet e 90% destes viviam nos países industrializados. Portugal estava muito desfasado da maioria dos países europeus (Eurostat, 2008), com percentagens de acesso à Internet (46%) inferiores à média europeia (60%). Esta problemática não deve ser vista apenas pelo prisma do acesso físico aos meios (“divisão primária”), sendo também necessária a abordagem da chamada “divisão secundária”, focando a análise nas competências e na qualidade de utilização das TIC, ou seja, nos aspectos que influenciam o modo e as condições de utilização, os usos e as competências que interferem no grau de literacia digital, passível de condicionar as oportunidades que as tecnologias podem propiciar no desenvolvimento de capacidades e de conhecimento. Sendo a exclusão digital uma forma de exclusão social, o reconhecimento da importância da educação e da formação como factor de inclusão digital tem sido objectivo das políticas e orientações da União Europeia, ao longo dos últimos anos. Por exemplo, na Conferência de Viena sobre Inclusão Digital (2008), a atenção focalizou-se no desenvolvimento de factores de motivação e interesse pelo uso das TIC, de aumentar a confiança e segurança na sua utilização e de estimular a inclusão de grupos específicos alvo de exclusão (as mulheres, os idosos ou os menos escolarizados). Esta comunicação analisa esta problemática, reflectindo sobre o papel das políticas educativas e da escola como factor de democratização digital. Considerando um agrupamento escolar do noroeste de Portugal e uma amostra alargada de alunos (representatividade ao nível de género, ano de escolaridade e idade), bem como o respectivo ambiente familiar, analisam-se o acesso e as vivências diárias em contexto formal (escolar) e informal (familiar) com as TIC, expressa nos usos, competências e valorização dos meios na perspectiva da literacia digital. Os resultados indicam existir profundas desigualdades a nível do contexto da familiar e que, neste cenário assimétrico, a escola tem-se assumido como factor de inclusão digital, possibilitando o acesso à Internet a jovens que, de outra forma, dificilmente teriam essa possibilidade. |
Tipo: | Artigo em ata de conferência |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/14365 |
Arbitragem científica: | yes |
Acesso: | Acesso aberto |
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