Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/19737

TítuloMycotoxins and mycobiota in Brazil nuts and strategies for their control
Autor(es)Silva, Otniel Freitas
Orientador(es)Venâncio, Armando
Palavras-chaveAflatoxins
Bertholletia excelsa
Fungi
Multimycotoxin method
Nontimber forest products
Tropical forestry
Aflatoxinas
Fungos
Micotoxinas
método analítico para multimicotoxinas
Produtos florestais não madeireiros
Floresta tropical
Data16-Dez-2011
Resumo(s)The Brazil nut (Bertholethia excelsa) is an important non timber forest product (NTFP) from the Amazonian forest. Despite their nutritious value, Brazil nuts are susceptible to fungi contamination. The mycobiota associated in nuts is mainly concern due to some species of Aspergillus belonging to section Flavi, which is composed of a large number of very closely related species, same of which may produce Aflatoxins (AF). AF presence in nuts is not only an increasing concern to the consumer’s health but also to economic aspects, causing losses in all phases of global distribution chain, affecting major exporting countries. The purpose of this study was to determine which part of the nut contributes to contamination by aflatoxins and to identify the mycobiota in Brazil nut samples. Unshelled and shell nuts were analyzed by measuring the total count of filamentous fungi (Aspergillus sections Flavi, Nigri and Circumdati) in sanitised (1 % sodium hypochlorite for 10 minutes) and non-sanitised treatments. To perform the AF analysis, samples of Brazil nuts were milled separately. The AF from the shell and kernel were extracted with chloroform and analysed by the HPLC-FD system in isocratic mode. The Aspergillus section Flavi count was 21.67% lower and the production of AF by this section was around 25%. The AFB1 concentrations of shelled nuts and shell samples were 35.0 and 1.78 μg/kg, respectively. AFB2 and AFG2 were detected only in shelled nut samples. The HPLC-FD analysis presented limits of detection (LOD) and quantification (LOQ) of 0.2 and 0.4 g/kg, respectively. The occurrence of other fungal metabolites in Brazil nuts was also screened. A total of 201 mycotoxins (including the most prominent ones) were screened by a multi-mycotoxin method based on HPLCMS/ MS. Fifteen mycotoxins were detected and quantified, in at least one sample; namely, AFB1, AFB2, AFG1, and AFM1, kojic acid, sterigmatocystin, methyl-sterigmatocystin, citrinin, cyclosporin A, cyclosporin C, cyclosporin D, cyclosporin H, rugulosin, altenariol-methylether and emodin. Aflatoxins were detected in just 1 sample (20%), but above its legal limit in Brazil and EU. Ochratoxin A and Fusarium toxins were not detected. Alternariol-methylether (from 0.75 to 3.2 μg/kg) was detected in all five samples. This is the first study dealing with the detection of kojic acid, citrinin, cyclosporin A, cyclosporin C, cyclosporin D, cyclosporin H, rugulosin, altenariol-methylether and emodin in Brazil nuts. One of the agents with great potential to reduce mycotoxins is ozone. In view of this it was assayed the aqueous ozone use as a treatment on the mycotoxin decontamination, since water is a vehicle for washing and decontamination process. Concentrations of 0, 0.1, 1, 10, 20 and in some cases 40 mg/L were applied with the aim to determine the ideal conditions to degrade AFB1, AFB2, AFG1, and Cyclopiazonic acid (CPA). Aqueous ozone solutions with equal or greater than to 10 mg/L were able to control of AFB1, AFG1 and CPA. Since ozone first attacks the double bonds of molecules, the less toxic aflatoxins (AFB2 and AFG2) were oxidized after the more toxic AFB1 and AFG1, being still detected after exposure to the higher ozone concentration tested. The AFB1, AFB2, AFG1, AFG2 and CPA were degraded by aqueous ozone. A further experiment with biological samples was realized in order to determine and confirm the aqueous ozone potential ability to destroy fungi on both natural and artificially contaminated Brazil nuts. The former were inoculated with either 1x106 or 1x107 conidia/mL of an A. flavus strain. Different aqueous ozone contact time and different ozone concentrations were assayed. A concentrated aqueous ozone solution was assayed on both natural and artificially contaminated nuts. The remaining viable spores in the ozone solution were recorded and the rate of inactivation for each treatment was determined by assessing the ratio between the CFU of each treatment and the control. Ozonized nuts were also plated on MEA to recover the fungi population. Aqueous ozone was effective in reducing the conidia of Aspergillus flavus and the natural fungal population associated to Brazil nuts. The optimum ozone concentration depended on the initial viable spores on the nutshell. Also, the effect of the ozonization on the shell nut color was assessed by measuring chromaticity values of the treated fruits in the L*a*b* space coordinates. High concentrations of ozone affected both the luminosity and the hue of the nutshell, affecting a little the external appearance of the shell. Ozone is regarded and generally recognized as safe (GRAS) product and it has been already used in many agricultural products, including the organically labels one like Brazil nuts. Thus, the aqueous ozone solution may be recommended to control mycotoxin producer Aspergilli.
A castanha do Brasil (Bertholethia excelsa) é um genuíno representante de Produtos Florestais não- Madeireiros (PFNM), da floresta amazónica. Apesar de seu valor nutritivo, a castanha do Brasil é muito suscetível à contaminação por fungos. A micobiota associada a esta semente representa uma enorme preocupação à segurança alimentar, principalmente algumas espécies de Aspergillus pertencentes a seção Flavi. Essa secção é composta por um grande e complexo número de espécies estritamente relacionadas, que podem produzir aflatoxinas (AF). A presença de AF em castanha do Brasil não é apenas uma preocupação crescente para a saúde do consumidor, mas também relacionada com os aspectos sociais e económicos, causando prejuízos em todas as fases da cadeia de distribuição global deste produto, afetando os principais países exportadores. Um dos objetivos deste estudo foi determinar qual parte da castanha do Brasil contribui mais para a contaminação por AF e identificar a micobiota nestas amostras. Casca e castanha descascada foram analisadas quanto à contagem total de fungos filamentosos (Aspergillus seções Flavi, Nigri e Circumdati) antes e após a sanitização (1 % de hipoclorito de sódio por 10 minutos). Para realização da análise de AF, as amostras de castanha do Brasil foram moídas separadamente. As AF da casca e da castanha descascada foram extraídas com clorofórmio e analisadas por HPLC-FD em modo isocrático. A contagem dos Aspergillus da seção Flavi foi de 21,67 % e a produção de AF por fungos nessa seção foi de cerca de 25 %. A concentração de AFB1 na castanha descascada e na casca foi de 35,0 e 1,78 μg/kg, respectivamente. As aflatoxinas AFB2 e AFG2 foram detectadas apenas nas amostras descascadas. A análise por HPLC-FD apresentou os limites de detecção (LOD) e os de quantificação (LOQ) de 0,2 e 0,4 g/kg, respectivamente. Em outro ensaio também foi investigado a ocorrência de outros metabolitos de fungos em castanha do Brasil. De um total de 201 micotoxinas (incluindo as mais proeminentes) foram analisadas por um método de análise de multi-micotoxinas utilizando um HPLC-MS/MS. Quinze micotoxinas foram detectadas e quantificadas, em pelo menos uma amostra, nomeadamente AFB1, AFB2, AFG1, AFM1, ácido cójico, esterigmatocistina, metil-esterigmatocistina, citrinina, ciclosporina A, ciclosporina C, ciclosporina D, ciclosporina H, rugulosina, altenariol-metil-éter e emodina. As AF foram detectadas em apenas 1 amostra (20 %), entretanto acima de seu limite legal no Brasil e na UE. A ocratoxina A e as toxinas de Fusarium não foram detectadas. Alternariol-metil-éter (0,75-3,2 μg/kg) foi detectado em todas as cinco amostras. Este é o primeiro relato da detecção de ácido cójico, citrinina, ciclosporina A, ciclosporina C, ciclosporina D, ciclosporina H, rugulosina, altenariol-metil-éter e emodina na castanha do Brasil. Um dos agentes com grande potencial para o controlo de fungos e de micotoxinas é o ozono. Portanto, no trabalho realizado, aplicou-se o ozono aquoso para a descontaminação de micotoxinas, uma vez que a água é um veículo que pode ser utilizado na lavagem e no processo de descontaminação. Foram analisados os efeitos das concentrações 0; 0,1; 1; 10; 20 e em alguns casos, 40 mg/L para determinar quais as condições ideais de degradação das AFB1, AFB2, AFG1 e do ácido ciclopiazónico (CPA). As soluções aquosas de ozono iguais ou maiores do que 10 mg/L foram capazes de eliminar AFB1, AFG1 e CPA. A AFB1, a AFB2, a AFG1, a AFG2 e o CPA foram degradados pelo ozono aquoso. No entanto, uma vez que o ozono ataca primeiro as duplas ligações das moléculas, as aflatoxinas mais tóxicas (AFB1 e AFG1) foram degradadas primeiro do que as menos tóxicas (AFB2 e AFG2). Estas últimas foram ainda detetadas após a exposição da maior concentração de ozono testada. Um outro ensaio com amostra biológica foi realizado para determinar e confirmar o potencial do ozono aquoso na destruição de fungos em amostras de castanha do Brasil artificialmente contaminadas e natural. As primeiras foram inoculadas com 1 x 106 ou 1 x 107 conídios/mL de A. flavus. O tempo de contato e as concentrações de ozono foram testados em ambas amostras. Foram registadas a taxa de inativação de conídios através da relação das unidades formadoras de colónias (ufc) de cada tratamento e o controlo. A recuperação de fungos após a ozonização foi realizada pelo cultivo dos filtros em MEA. O ozono aquoso foi eficaz na redução de conídios de Aspergillus flavus e da população natural de fungos associados a castanha do Brasil. A concentração de ozono ótima dependeu da concentração inicial de conídios viáveis presentes na castanha. Além disso, o efeito da ozonização na cor da casca também foi mensurado, pela medição dos valores de cromaticidade das coordenadas L* a* b* dos frutos tratados. Em altas concentrações de ozono tanto a luminosidade quanto o matiz das das castanhas foram afetadas, afetando ligeiramente a aparência externa da casca. O ozono é um produto geralmente reconhecido como produto seguro (GRAS) com seu uso e aplicação amplamente aceitos em diversos produtos agrícolas, podendo ser inclusive aplicado em produtos orgânicos, como é o caso da castanha do Brasil. Desta forma, a solução de ozono aquoso pode ser recomendada para controlar os Aspergilli produtores de micotoxinas.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de doutoramento em Engenharia Biológica e Química
URIhttps://hdl.handle.net/1822/19737
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
CEB - Teses de Doutoramento / PhD Theses

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