Continuidade e ruptura no processo de desenvolvimento económico: o exemplo do Minho

Abstract

No rescaldo da crise, os anos 80 representam um importante momento de reformulação das concepções vigentes em matéria de estratégicas de desenvolvimento. Dos vectores da revisão teórica empreendida, proponho me tratar na minha comunicação daquele que se refere à reanálise (reavialação) da história da industrialização da Europa durante os séc. XVIII e XIX levadas a cabo, nomeadamente, por F. Braudel. O meu propósito, subsequente, é buscar no estudo da evolução económica e social do Minho elementos de acomodação às teses daquele pensador. No concreto, está em causa a visualização do progresso económico e social enquanto afirmação de continuidade ou de ruptura. Do estudo de caso que efectuei a primeira perspectiva sai reforçada. Mais exactamente, saem sublinhadas: i) a conexão profunda entre a vitalidade de cenas áreas da economia minhota e o processo local de articulação da pequena agricultura com o capitalismo industrial; ii) a indiscutível afinidade entre o modo de afirmação actual da indústria e as circunstâncias da sua manifestação remota.