Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/309

TítuloUma visão do sistema científico e tecnológico português
Autor(es)Amaral, Luís
Santos, Leonel Duarte dos
Bernardo, C. A.
Data2002
CitaçãoWORKSHOP DA REDE SCIENTI, 1, Florianópolis, Brasil, 2002 – “Actas do I Workshop da Rede Internacional de Fontes de Informação e Conhecimento em Gestão da Ciência, Tecnologia e Inovação”. [S.l. : s.n.], 2002.
Resumo(s)[Excerto] Em 1970 morre o primeiro-ministro Oliveira Salazar, após mais de 40 anos de poder absoluto na política portuguesa. Deixou atrás de si um regime político estagnado, uma economia sub-desenvolvida, a ausência total de liberdades cívicas e políticas e uma guerra em África. O sistema científico e tecnológico português, reflectindo a situação económica global do país, era então muito incipiente. Após a morte de Salazar, o regime ainda tentou implementar algumas mudanças cosméticas como táctica de sobrevivência, mas a situação não melhorou significativamente até que, em 1974, uma revolução o derrubou e implantou a democracia. Apesar da estagnação geral, no final dos anos sessenta tinham ocorrido algumas mudanças que tiveram, mais tarde, um impacto profundo no sistema científico e tecnológico (C&T) português. Por essa altura, o então Ministro da Educação, Veiga Simão, enviou para o estrangeiro um número significativo de jovens, para fazerem investigação e obterem o doutoramento. A maioria foi para o Reino Unido que, nesse tempo, era uma excepção no contexto europeu, porque tinha um sistema de formação pós-graduada que permitia obter o Ph.D. em cerca de 3 anos. Outros foram para vários países europeus e para os Estados Unidos. Quando, alguns anos mais tarde, os jovens doutorados regressaram a Portugal, tiveram imensa dificuldade em continuar o seu trabalho, principalmente por falta de meios infraestruturais e de equipamentos, mas também devido à dimensão sub-crítíca dos grupos de investigação. É justo dizer que as coisas não melhoraram significativamente depois da revolução de 1974. Durante cerca de 10 anos o país atravessou grandes dificuldades para estabilizar a democracia e encontrar o seu próprio caminho em direcção a uma economia competitiva orientada para o mercado. Tudo isto inibiu o desenvolvimento do sistema C&T português, que, no começo dos anos oitenta, era ainda muito pequeno, concentrado sobretudo em Lisboa, com alguns grupos no Porto ou em Coimbra, trabalhando em centros anexos às Universidades e financiados pelo Estado através do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC). Existiam também alguns laboratórios estatais, tutelados pelo Ministério da Indústria. E, é claro, existiam os jovens investigadores com doutoramentos obtidos no estrangeiro. Estes investigadores, apesar de não terem ainda uma produção científica significativa, constituíam já uma importante diferença relativamente à situação anterior. Muitos deles trabalhavam nas novas universidades, espalhadas por todo o país, fundadas nos últimos anos do antigo regime, e das quais a Universidade do Minho e de Aveiro são exemplos relevantes. [...]
TipoArtigo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/309
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:DSI - Sociedade da Informação

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