Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/48628

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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorMaia, Angelapor
dc.contributor.advisorMartins, Carlapor
dc.contributor.authorAzevedo, Vanessa Mourão Ferreira Sampaiopor
dc.date.accessioned2017-12-30T04:22:59Z-
dc.date.available2020-09-29T06:00:21Z-
dc.date.issued2017-09-29-
dc.date.submitted2016-08-11-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1822/48628-
dc.descriptionTese de doutoramento em Psicologia Aplicadapor
dc.description.abstractIntrodução. As experiências de vida são um tema frequente quer na investigação, quer na prática clínica. Contudo, o atual estado da arte apresenta-se bastante fragmentado e polarizado, o que resulta em lacunas significativas. Mais especificamente, as evidências disponíveis limitam-se a um conjunto restrito de experiências, sobretudo aquelas consideradas negativas, e a fases desenvolvimentais específicas (e.g., infância vs. vida adulta). O relato retrospetivo, obtido através de avaliações transversais e do recurso a listas de experiências de vida, é uma das estratégias mais utilizadas para aceder a este tipo de informação, devido às suas vantagens a nível logístico. No entanto, há algumas dúvidas e preocupações relativamente às inconsistências nos relatos sobre experiências de vida. Porém, os estudos empíricos acerca deste assunto são, ainda, escassos. Neste contexto, esta investigação desenvolveu-se em torno de três conceitos-chave, i.e., experiências de vida, relato retrospetivo e (in)consistência. Objetivos. A presente tese propõe-se a responder a três questões de investigação, i.e, O que se conta? O que vale o que se conta? E o que conta para se contar? Decorrentes destas questões, foram definidos seis objetivos gerais, a saber: quantificar, através de relatos retrospetivos, a prevalência de um conjunto abrangente e variado de experiências de vida, considerando quer experiências positivas quer negativas, numa perspetiva de lifespan; descrever a forma como as pessoas relatam as componentes mais objetivas e mais subjetivas das suas experiências de vida; explorar padrões de resposta secundários (e.g., “não me lembro” ou não-resposta); determinar o quão (in)consistente é o relato retrospetivo das experiências de vida, atendendo não só às dimensões objetivas, como também às subjetivas; identificar variáveis envolvidas na (in)consistência dos relatos, através de análises estatísticas inferenciais e das percepções individuais. Além disso, o desenvolvimento e validação de instrumento sobre experiências de vida (i.e., Lifetime Experiences Scale) foi outro objetivo da presente tese. Método. Esta tese inclui seis estudos empíricos, de caráter quantitativo, que se diferenciam quanto aos objetivos e aos aspetos metodológicos. Os participantes desta investigação foram indivíduos da comunidade, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos. A dimensão e caraterização das amostras variaram nos diferentes estudos. Quanto ao design, foram realizados estudos transversais e longitudinais, baseados no relato retrospetivo. Os dados foram recolhidos através de entrevistas ou questionários autoadministrados. Relativamente aos instrumentos aplicados, destaca-se a utilização da Lifetime Experiences Scale (LIFES) e da versão portuguesa do Brief-Symptom Inventory (BSI). Mais especificamente, a LIFES avalia a ocorrência, a fase desenvolvimental, a valência e o impacto de 75 experiências de vida, que se organizam em oito domínios (i.e., percurso escolar; percurso profissional; saúde; tempos livres; condições de vida; experiências adversas; realizações; pessoas e relações). A sintomatologia psicopatológica foi avaliada através do BSI, que inclui 53 itens organizados em nove escalas (e.g., depressão, ansiedade) e três índices globais (e.g., índice geral de sintomas). Resultados. As evidências disponíveis acerca das experiências de vida estão, evidentemente, associadas àquilo que se pergunta. Neste sentido, este estudo proporciona resultados mais ecológicos, abrangentes e compreensivos devido à utilização de um novo instrumento (i.e, LIFES), que avalia experiências de vida positivas e negativas, incluindo diferentes domínios, e assente numa perspetiva de lifespan. No que concerne à questão O que se conta? genericamente, foram relatadas experiências de frequência variável. Além disso, a maioria das experiências foi avaliada como positiva e como tendo um impacto significativo. Relativamente aos padrões de resposta secundários (i.e., “não me lembro”; nãoresposta), importa referir que apresentaram, sobretudo, valores residuais. A resposta à questão O que vale o que se conta? parece depender da dimensão considerada. Neste sentido, os relatos sobre a ocorrência e a fase desenvolvimental parecem ser mais consistentes do que os relatos acerca da valência e do impacto. Por fim, a resposta à questão O que conta para se contar? baseou-se quer em em dados inferenciais, quer em perceções individuais. Assim, verificou-se que os motivos associados às inconsistências são heterogéneos e complexos, envolvendo variáveis individuais, associadas às experiências e ao design. Adicionalmente, observou-se que a relação entre inconsistências no relato de experiências de vida e humor parece ser sensível a heterogeneidades concetuais e metodológicas, o que impossibilita conclusões robustas. Conclusão. Atendendo ao estado da arte e às evidências recolhidas, concluímos que apenas poderemos conhecer as histórias pessoais de cada indivíduo através daquilo que este estiver disposto ou capaz de contar, num dado momento e num contexto específico. Neste sentido, é razoável antecipar que alguns indivíduos apresentarão relatos inconsistentes, reconhecendo que os motivos subjacentes são heterogéneos e provavelmente envolvem interações complexas, que ainda não foram totalmente investigadas.por
dc.description.abstractBackground. Life experiences are a traditional topic for both researchers and clinicians. However, current knowledge is scattered, disconnected and unbalanced. Consequently, many answers remain unanswered. Specifically, available evidences includes only a limited set of life experiences, especially those claimed to be negative, and covered a single developmental stage (e.g., childhood vs. adulthood). Due to its pragmatic advantages, retrospective reports, based on cross-sectional assessments and using checklists, is one of the main options to gather data about life experiences. Nonetheless, there are some concerns and doubts about the inconsistency of the reports. Surprisingly, few empirical studies addressed this topic and current knowledge is scarce. Accordingly, this research is rooted on three key-concepts, i.e., life experiences, retrospective reports, and (in)consistency. Aims. This thesis was designed to fulfil three research questions about life experiences, i.e., What people tell about them? How consistent are their reports? And which variables matter? These were the starting points for six general aims, namely: to quantify the prevalence of a comprehensive and varied set of life experiences, including both positive and negative and applying a lifespan perspective; to describe how people report objective and subjective variables related to their life experiences; to explore critical answering patterns(e.g., "not remember" or non-response); to quantify inconsistency on life experiences reports, attending to both subjective and objective related variables; and lastly, to identify variables involved in inconsistent reporting based on inferential analyses and individual perceptions. Furthermore, the development and validation of a measure to assess life experiences (i.e., Lifetime Experiences Scale) was also aimed. Method. This work includes six quantitative empirical studies, which present different aims and methodological features. Participants were recruited from the community, including males and females aged 18 or older. The dimension and characterization of the samples varied across empirical studies. Data, collected cross-sectionally or longitudinally, was gathered through self-reports or face-to-face interviews. The core variables were assessed using the Lifetime Experiences Scale (LIFES) and the Portuguese version of the Brief Symptom-Inventory (BSI). Specifically, LIFES evaluates occurrence, developmental stage, valence and impact of 75 life experiences, which are organized into eight domains (i.e., school; job; health, leisure; living conditions; adverse experiences; achievements; people and relationships). Psychological symptoms were assessed through the BSI that comprises nine symptom scales (i.e., depression, anxiety) and three global indices (e.g., global severity index). Results. Obviously, available evidences cannot be separated from the available measures (and their constraints). Therefore, the inclusion of a new measure (i.e., LIFES) - that assessed a comprehensive and varied set of positive and negative life experiences and that is based on a lifespan perspective - provides more ecological, in-depth, and clarifying results. Our first question was What people tell about them? Overall, occurrence of life experiences varied greatly. Additionnaly, most life experiences were rated as positive and as high impact. Critical answering patterns (i.e, “not remember”, non-responses) presented mainly residual values. The answer to the question How consistent are their reports? seems to depend on the variable assessed. More specifically, reports about occurrence and developmental stage were more consistent than those regarding valence and impact. Lastly, answers about Which variables matter? were based on both inferential data and individual perceptions. Overall, results suggested that reasons involved in inconsistent reporting are heterogeneous and complex. Moreover, they included individual, experiences, and design variables. The relationship between mood and inconsistent reporting seems to be affected by conceptual and methodological features, which compromises clear conclusions. Conclusion. Attending to the current state of art and to the evidences presented, we concluded that knowledge about life experiences cannot be disentangled from the individual and his willingness or capability to talk about them, in a specific context and at a given time. Therefore, it is reasonable to recognize that at least some individuals will provide an inconsistent report, although the associated reasons demands further investigation.eng
dc.description.sponsorshipEsta dissertação de doutoramento foi financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), através da Bolsa Individual de Doutoramento com a referência SFRH/BD/76022/2011, com fundos do POQH- QREN – Tipologia 4.1 – Formação Avançada, no âmbito do Fundo Social Europeu e de verbas nacionais do Orçamento de Estado. Esta dissertação foi desenvolvida no Centro de Investigação em Psicologia (UID/PSI/01662/2013), apoiada financeiramente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo Ministério Português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através de fundos nacionais, e cofinanciado pelo FEDER através do COMPETE2020, segundo o PT2020 Partnership Agreement (POCI- 01-0145-FEDER-007653).por
dc.language.isoporpor
dc.relationinfo:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH%2FBD%2F76022%2F2011/PTpor
dc.relationinfo:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/147227/PTpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.titleExperiências de vida e sintomatologia psicopatológica (re)contadas na vida adulta: O que se conta? O que vale o que se conta? E o que conta para se contar?por
dc.title.alternativeLife experiences and psychopathological symptoms (re)told in adulthood: what people tell about them? how consistent are their reports? and which variables matter?por
dc.typedoctoralThesiseng
dc.identifier.tid101393873por
thesis.degree.grantorUniversidade do Minhopor
sdum.uoeiEscola de Psicologiapor
dc.subject.fosCiências Sociais::Psicologiapor
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
CIPsi - Teses de Doutoramento

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Vanessa Mourao Ferreira Sampaio Azevedo.pdfTese de Doutoramento3,91 MBAdobe PDFVer/Abrir

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