A adição e subtração no pré-escolar e no 1.º Ciclo no Ensino Básico

Abstract

O presente trabalho exploratório “A Adição e Subtração no Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico” procura compreender quais os conhecimentos que as crianças possuem acerca de tais operações. Perante a pergunta “Será que a implementação de um programa rico em atividades relacionadas com o uso das operações de adição e subtração vai promover o desenvolvimento de competências neste domínio?”, foram definidas subquestões: i) Que competências de cálculo possuem as crianças?; ii) Que conhecimento informal possuem as crianças sobre a adição e a subtração?; iii) As crianças saberão quando e como utilizar cada uma das operações ao nível da resolução de situações problemáticas? Foi utilizada uma metodologia qualitativa, centrada na investigação-ação em que todos os participantes têm um papel ativo. Em ambos os contextos foram realizadas seis sessões: a primeira dedicada a um momento de avaliação, seguida de quatro sessões de intervenção, constituindo a última novo momento de avaliação, para comparar resultados e tirar conclusões. Recorreu-se ao lúdico e a uma abordagem baseada em pedagogias centradas nas crianças, sendo visível que as crianças se sentiram mais motivadas para aprender. No final da intervenção, nas crianças do pré-escolar, verificaram-se progressos nas capacidades de cálculo mental, no desenvolvimento do sentido de número e dos processos de contagem. Demonstraram maior domínio das atividades que envolvessem a operação da adição, comparativamente à de subtração, pois, as situações de, tornar igual e comparar acarretaram mais dificuldades, corroborando resultados de estudos similares. Situação semelhante aconteceu no 1.º Ciclo. Os alunos foram capazes de usar estratégias de um modo flexível, selecionando a mais apropriada para cada situação, recorrendo mais ao cálculo mental e à aplicação dos algoritmos. Decomposição/composição de números e adições sucessivas mostraram-se capacidades de mais fácil realização. Interpretar enunciados, ao invés, foi tarefa mais difícil para alguns alunos. Os dados obtidos conduzem à perceção de mudanças positivas. Conclui-se que esta intervenção pedagógica foi desenvolvida com sucesso e permitiu identificar implicações educacionais associadas ao papel do docente como dinamizador de novas abordagens curriculares, adequadas aos diferentes perfis intelectuais dos seus educandos, dando-lhes oportunidade de desenvolverem experiências estruturantes com materiais passando, posteriormente, para um nível mais abstrato, como fator potenciador da construção de conhecimentos e aprendizagens de modo mais significativo.

The present exploratory work, “The Addition and Subtraction In Preschool And In 1st Cycle” seeks to understand what knowledge children have about such operations. To the question “Will the implementation of a program rich in activities related to the use of addition and subtraction operations promote the development of skills in this area?”, sub-questions were defined: i) What calculation skills do children have?; ii) What informal knowledge do children have about addition and subtraction?; iii) Will children know when and how to use each of the operations to solve problem situations? A qualitative methodology was used, focusing on action research in which all participants play an active role. In both contexts, were held six sessions: the first dedicated to a moment of evaluation, followed by four intervention sessions, being the last new moment of evaluation, to compare results and draw conclusions. A playful approach and an approach based on children-centered pedagogies were used, and it became clear that the children felt more motivated to learn. At the end of the intervention, in the pre-school children, progress were verified in mental calculation skills, in the development of number sense and counting processes. Demonstrated greater dominance of the activities that involved the operation of the addition, compared to the subtraction, because, the situations of, making equal and comparing, difficulties, corroborating results from similar studies. A similar situation occurred in the 1st Cycle. Students were able to use strategies in a flexible way, selecting the most appropriate for each situation, using more the mental calculation and the application of the algorithms. Decomposition/composition of numbers and successive additions, were shown capabilities easier to achieve. Interpreting utterances, on the contrary, it was a more difficult task for some students. The data obtained lead to the perception of positive changes. We conclude that this pedagogical intervention was successfully developed and allowed to identify educational implications associated to the role of the teacher as a promoter of new curricular approaches, suitable to the different intellectual profiles of their students, giving them the opportunity to develop structuring experiences with materials, passing later to a more abstract level, as a promoter of the construction of knowledge and learning more significantly.