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TítuloEvidências arqueobotânicas e de armazenagem de cereais no povoado da Idade do Ferro do Crastoeiro (Mondim de Basto, Norte de Portugal)
Autor(es)Seabra, Luís
Tereso, João Pedro
Bettencourt, Ana M. S.
Dinis, António
Palavras-chavecarpologia
centeio
Noroeste Peninsular
armazenagem
carpology
rye
Northwest Iberia
storage
Data2018
RevistaCadernos do GEEvH
CitaçãoSEABRA, L.; TERESO, J.P.; BETTENCOURT, A.M.S.; DINIS, A. (2018). Evidências arqueobotânicas e de armazenagem de cereais no povoado da Idade do Ferro do Crastoeiro (Mondim de Basto, Norte de Portugal), Cadernos do GEEvH, 7 (2): 1-26.
Resumo(s)As campanhas arqueológicas realizadas no povoado da Idade do Ferro do Crastoeiro (Mondim de Basto, Vila Real), colocaram a descoberto um conjunto de fossas abertas no substrato rochoso. Estas revelaram quantidades muito elevadas de elementos carpológicos, cujo estudo permitiu compreender melhor a diversidade de cultivos existentes e como se armazenavam. Através do estudo de dezanove amostras provenientes de quatro fossas, os resultados demonstraram que estas estruturas foram usadas, principalmente, para armazenar trigo espelta.Do seu interior foram recuperados os grãos e as espiguetas, o que indicia que os grãos foram armazenados parcialmente processados - uma estratégia, provavelmente, relacionada com a intenção de estabelecer um armazenamento a longo prazo. Para além do trigo espelta (Triticum spelta), outros cereais foram recuperados, nomeadamente Triticum dicoccum, milho-miúdo (Panicum miliaceum), cevada de grão vestido (Hordeum vulgare), centeio (Secale cereale) e milho-painço (Setaria italica). As datações por radiocarbono, realizadas sobre grãos de centeio, demonstraram que estes correspondem aos grãos mais antigos encontrados na Península Ibérica (I a.C.), o que evidencia que o centeio foi introduzido na região numa fase inicial dos contactos com os romanos. Os resultados provenientes deste estudo sugerem o uso de cultivos bem adaptados a condições ambientais adversas, como climas frios e solos pobres.
The archaeological campaigns in the Iron Age site of Crastoeiro (Mondim de Basto, Vila Real) exposed a set of pits opened in the bedrock. These revealed a wide amount of carpological remains, allowing a better understanding about crop diversity, as well as storage practices. Through the study of nineteen samples from four pits, the results showed that these structures were mainly used for the storage of spelt wheat. Inside these, grains and spikelets were recovered, suggesting grains were stored partially processed - a strategy probably connected with the intention of establishing a long-term storage. Besides spelt wheat (Triticum spelta), other cereals were recovered, namely emmer (Triticum dicoccum), broomcorn millet (Panicum miliaceum), hulled barley (Hordeum vulgare), rye (Secale cereale) and foxtail millet (Setaria italica). The radiocarbon dates obtained over grains of rye demonstrate that the remains from Crastoeiro are the oldest found in the Iberian Peninsula (1st century BC). This suggests rye was introduced at the moment of the earliest contacts with the romans. The results from this study suggests the use of crops well adapted to harsh environmental conditions, as cold climates and poor soils.
TipoArtigo
URIhttps://hdl.handle.net/1822/66463
ISSN2182-6153
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:DH - Artigos em Revistas Nacionais/Papers in National Journals

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