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TítuloLa contre-culture à l'École de Porto (1968-1974)
Autor(es)Bandeira, Pedro
Editor(es)Debarre, Anne
Maniaque, Caroline
Marantz, É.
Violeau, Jean-Louis
Palavras-chavePedagogias radicais
Escola do Porto
Data1-Abr-2020
EditoraMétis Presses
Resumo(s)No discurso de agradecimento por ocasião da atribuição da medalha de L’Academie d’Architecture de France (Paris, 2010) Eduardo Souto de Moura descreveu os seus primeiros anos do curso de arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (no início dos anos 70), como um curso centrado nas ciências sociais (sociologia, antropologia, estruturalismo…) fortemente influenciado por uma ideologia marxista. Neste contexto o ensino da arquitetura, era entendido como uma síntese das disciplinas analíticas e o desenho (no sentido de projeto mas também linguagem) era menosprezado ou considerado reacionário. A arquitetura era para muitos considerada uma prática burguesa representativa dos poderes instituídos e contra-revolucionários. Portugal vivia a chamada “Primavera Marcelista” (1968-1970) na transição desejada e difícil entre o Estado Novo (um regime autoritário de Salazar com quase cinco décadas) e a Revolução democrática de Abril de 1974, protagonizada pelo Movimento das Forças Armadas. Apesar de vigorar ainda um regime de censura nestes anos que antecederam a Revolução, não foi impedida a publicação das primeiras edições portuguesas de A Desobediência Civil de Henry David Thoreau (1972) ou da Sociedade do Espetáculo de Guy Debord (1972) (neste caso por se considerar demasiado densa, filosófica e consequentemente inofensivo para as massas) . Sob influência do Maio de 68, viveu-se um ambiente de contestação estudantil pela defesa de uma restruturação da universidade e pela democratização do ensino e, sem pudor, contestou-se o regime e a guerra nas ex-colónias. Esta revolta teve o seu apogeu em abril de 1969 na Universidade de Coimbra gerando uma crise académica sem precedentes (manifestações, alunos suspensos, presos, escolas encerradas e um expressivo boicote aos exames). Nos corredores da universidade circulava a tradução policopiada Da Miséria no Meio Estudantil (Mustapha Khayati, 1966). O Curso de Arquitetura no Porto, viveu igual período de contestação estudantil, conseguindo reivindicar, ainda que por breves momentos (1970-73) um “regime experimental” de ensino...
TipoCapítulo de livro
DescriçãoPublicação em livro, passados dois anos de apresentação de artigo em congresso com mesmo nome, em Paris.
URIhttps://hdl.handle.net/1822/70069
ISBN978-2-94-0563-64-7
Versão da editorahttps://www.metispresses.ch/en/architecture-68
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:EAAD - Livros e Capítulos de Livros

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