Cognitive and emotional regulation in stress and obsessive-compulsive disorder

Abstract

The current literature has gathered some evidence of impairments in cognitive regulation processes in obsessive-compulsive disorder (OCD). The inadequate self-regulation of obsessive thoughts leads to states of extreme distress and anxiety. To obtain relief from these negative states, obsessive-compulsive individuals perform rewarding repetitive behaviors. The augmented stress levels associated with OCD may also impact cognitive regulation. However, the neurobiological and behavioral deficits of cognitive regulation in this disorder require further clarification. This thesis provides novel insights into the mechanisms of cognitive regulation of emotion and reward in individuals suffering from OCD and stress. We conducted several experiments using psychometric variables, behavioral outcomes, and functional magnetic resonance imaging. Our findings demonstrated alterations in the activity and functional connectivity of prefronto-parietal brain regions during cognitive regulation tasks in OCD patients. Additionally, we observed deficits in the use of emotion regulation strategies and inflexibility during reward valuation. Moreover, we found that augmented stress levels modulate the interaction between emotion regulation deficits and OCD symptoms and impact reward valuation. Finally, we observed that neurofeedback, an emotion regulation-based treatment where participants self-regulate their brain activity in real-time, improves OCD and stress scores and reverses some of the frontoparietal alterations. The OCD deficits in cognitive regulation may arise from the importance attributed to control intrusive thoughts. These patients are excessively focused on internal states consequently lacking the cognitive flexibility to switch their attentional resources away from thoughts and negative emotional states. Moreover, increased stress levels may lead to an exacerbation of cognitive regulation impairments. Our conclusions support the inclusion of stress management in psychotherapy approaches to improve cognitive regulation skills.

A literatura atual evidencia alterações nos processos de regulação cognitiva na perturbação obsessivo-compulsiva (POC). A autorregulação inadequada dos pensamentos obsessivos leva a estados de extrema angústia e ansiedade. Para obter alívio destes estados negativos, os doentes realizam comportamentos repetitivos recompensadores. Os elevados níveis de stresse associados à POC podem também ter um impacto na regulação cognitiva. No entanto, os défices neurobiológicos e comportamentais na regulação cognitiva nesta patologia estão pouco estudados. Esta tese traz uma nova visão sobre os mecanismos de regulação cognitiva da emoção e recompensa em indivíduos com POC e elevados níveis de stresse. Neste trabalho, realizámos várias experiências usando variáveis psicométricas, medidas comportamentais e ressonância magnética funcional. Os resultados mostraram alterações na atividade e conectividade funcional das regiões cerebrais pré-fronto-parietais durante tarefas de regulação cognitiva em indivíduos com POC. Observámos ainda défices no uso de estratégias de regulação emocional e inflexibilidade durante a valorização de recompensas. Verificámos ainda que os níveis de stresse modulam a interação entre os défices na regulação emocional e os sintomas da POC e reduzem a valorização de recompensas. Por último, observámos que o neurofeedback, uma nova abordagem de tratamento baseada em regulação emocional na qual os participantes autorregulam a sua atividade cerebral em tempo real, melhora os níveis de POC e stresse e reverte algumas das alterações frontoparietais. O impacto da POC na regulação cognitiva pode advir da importância atribuída ao controlo dos pensamentos intrusivos. Os doentes estão excessivamente focados em estados internos e, consequentemente, carecem de flexibilidade cognitiva para redirecionar os recursos atencionais dos pensamentos e estados emocionais negativos. Além disso, níveis elevados de stresse podem levar à exacerbação dos défices na regulação cognitiva. As nossas conclusões sustentam a inclusão de técnicas de gestão de stresse nas abordagens de psicoterapia para melhorar a capacidade de regulação cognitiva.