La interculturalidad en las aulas de ciencias en Chile: prácticas y perspectivas de profesores de ciencias naturales y biología

Abstract

No novo contexto da diversidade cultural no Chile, é relevante analisar as práticas e perspetivas que os professores de ciências naturais e biologia possuem sobre a presença de alunos estrangeiros (AE) nas suas aulas, assumindo-se uma epistemologia construtivista, onde a diversidade enriquece o desenvolvimento de atitudes de respeito e valorização, bem como a possibilidade de alargar as perspetivas científicas tanto dos alunos nacionais (AN) como dos AE. O objetivo geral desta investigação foi averiguar o futuro do ensino das ciências em aulas interculturais. Para atingir este objetivo, foram realizados dois estudos complementares. No primeiro estudo utilizou-se um inquérito por questionário onde se procurou averiguar as representações dos professores acerca da interculturalidade nas aulas de ciências a 114 professores, e que revelou uma sobreposição conceptual entre interculturalidade e multiculturalidade. Uma elevada percentagem destes professores salientou a importância de evitar atos discriminatórios e considerou que os AE são sempre uma contribuição do conhecimento para a sala de aula de ciências, no entanto, esta avaliação dependeria da nacionalidade de origem. Foram também identificadas barreiras de comunicação e lacunas curriculares com os AE. O segundo estudo envolveu a observação de aulas e a realização de entrevistas pós-aula a seis professores. Verificou-se que a elicitação de ideias prévias é a principal estratégia utilizada para identificar os conhecimentos científicos dos AE, proporcionando um reforço positivo e oportunidades semelhantes de participação aos AE e AN, excetuando os AE não falantes de língua espanhola. As ideias científicas dos AE dependiam do conteúdo disciplinar trabalhado, da idade do estudante e do nível de contacto que mantinham com a sua cultura de origem. Em conclusão, pode afirmar-se que: na perspetiva dos professores é necessário incluir competências interculturais na formação inicial e contínua dos professores de ciências, que lhes permitirá ultrapassar a perspetiva romântico-folclórica que têm, e desenvolver um foco reflexivo-humanista para trabalhar com AE, onde este novo contexto cultural lhes permite desenvolver uma ciência com um foco intercultural que partilha significados culturais, mas também desenvolve atitudes e valoriza esta diversidade.

En el nuevo contexto de diversidad cultural en Chile, es relevante analizar las prácticas y perspectivas que los docentes de ciencias naturales y biología poseen sobre la presencia de alumnos extranjeros (AE) en sus aulas, asumiéndose una epistemología constructivista, donde la diversidad enriquece el desarrollo de actitudes de respeto y valoración, como asimismo la posibilidad de ampliar las perspectivas científicas tanto de alumnos nacionales (AN) como AE. El objetivo general de esta investigación fue averiguar el futuro existente para la enseñanza de las ciencias en aulas interculturales. Para lograr este objetivo, se realizaron dos estudios complementarios. En el primer estudio se utilizó una encuesta por cuestionario, donde se procuró averiguar las representaciones de los profesores acerca de la interculturalidad en las aulas de ciencias a 114 profesores, revelando una sobreposición conceptual entre interculturalidad y multiculturalidad. Un elevado porcentaje de estos profesores releva la importancia de evitar actos discriminatorios y considera que los AE son siempre un aporte de conocimientos a la clase de ciencias, sin embargo, esta valoración dependería de la nacionalidad de procedencia. Fueron también identificados obstáculos comunicacionales y desfases curriculares con los AE. El segundo estudio utilizó la observación de clases y la realización de entrevistas post aula a seis profesores. Se comprobó que el levantamiento de ideas previas es la principal estrategia utilizada para identificar los saberes científicos de los AE, otorgando reforzamiento positivo y oportunidades de participación similares a AE y AN, exceptuando sólo a los AE no hispanoparlantes. Las ideas científicas de los AE, dependieron del contenido disciplinar trabajado, edad del estudiante, y del nivel de contacto que mantienen con su cultura de origen. En conclusión, se puede afirmar que: en la perspectiva de los profesores es necesario incluir competencias interculturales en la formación inicial y continua de profesores de ciencias, que les permitan superar la perspectiva romántica-folclórica que poseen, y desarrollar un foco reflexivo-humanista para el trabajo con AE, donde este nuevo contexto cultural permita desenvolver una ciencia con foco intercultural que comparta los significados culturales, pero asimismo desarrolle actitudes y valoración a esta diversidad.