Estudo de propriedades metrológicas da moeda como melhoria da tecnologia de validação automática

Abstract

A contrafação de moeda, peça metálica, é um problema grave, sendo prejudicial para as economias, para as empresas e para a população em geral. Na zona euro, a contrafação tem vindo a aumentar ano após ano, sobretudo nas moedas de 2 €. Uma forma de controlo é o uso de validadores de moeda, capazes de distinguir moeda genuína de contrafeita. Estes sistemas operam com diversos sensores, capazes de reconhecer cada atributo (dimensional e físico) da moeda em análise. Contudo, com o avanço tecnológico, também a produção de moeda contrafeita se torna mais evoluída. Para garantir que estes validadores atuam de forma eficiente recorreu-se ao controlo metrológico, de modo a permitir uma comparação entre o resultado de ambos os métodos. A abordagem utilizada, implicou o uso de uma amostra de 100 moedas, de 2 € tidas como genuínas, e três moedas probe trial. Todas estas, foram testadas pelo validador Azkoyen L66S, nas instalações da JD TECNIVENDING, e analisadas metrologicamente, com diversos equipamentos de medição, no laboratório de metrologia da Universidade do Minho. O validador rejeitou 2 moedas, sendo que o resultado obtido no controlo metrológico para uma delas não permitiu justificar o porquê da sua rejeição. A outra moeda foi rejeitada devido às suas deformações no bordo. Ainda foi rejeitada uma terceira moeda, mas apenas numa das tentativas de validação, justificada com o controlo dimensional. No caso das moedas probe trial, todas foram rejeitadas pelo validador, sendo o sucedido justificado pelo controlo metrológico. Em suma, este estudo contribuiu para um melhor conhecimento do processo de validação das moedas, redução da contrafação e informação da população sobre como identificar uma contrafação, através da identificação dos atributos e da metodologia apresentada pelo Banco de Portugal.

Currency, metal piece, counterfeiting is a severe problem, that damages economies, businesses, and the population in general. In the euro area, counterfeiting has been rising over the years, especially in the € 2 coins. One form of control is the use of counterfeit currency validators, which are capable of distinguishing genuine coins from counterfeit one’s. These systems operate with several sensors, capable of recognizing each attribute (dimensional and physical) of the currency under analysis. However, with technological advancement, also counterfeit currency becomes more developed. To ensure that these validators act efficiently, metrological control has also been used to allow a comparison between the result of the two methods. The approach used, entailed the use of a sample of one hundred coins of € 2 considered as genuine samples, and three probe trial coins. All of these were tested by the validator Azkoyen L66S, at JD TECNIVENDING's facilities. And, with various metrological equipment, in the metrology laboratory at the University of Minho. The validator rejected two coins, and for one of them the metrological control did not allow to justify the reasons of the rejection. The other coin was rejected due to its deformations on the edge. A third coin was still allowed, but only in one of the validation attempts, which can be justified by the dimensional control. In the case of the trial probe coins, all of them were rejected by the validator, and the metrological control sustains that. In short, this dissertation contributes for a better knowledge of the coin validation process, reduction of counterfeit and inform the population on how to identify counterfeiting, by identifying the attributes and methodology presented by Banco de Portugal.