Colóquio Identidades e comunidades musicais 2023: Livro de resumos

Abstract

[Excerto] Nota Introdutória: A edição de 2023 do colóquio Identidades e Comunidades Musicais decorreu online a 11 de dezembro, tendo reunido os contributos em torno das dimensões individual e coletiva das práticas artísticas que agora se apresentam. Na conferência de abertura, Elisa Lessa abordou a presença e repertório de bandas filarmónicas nos espaços de socialização da cidade de Braga do século XIX. No mesmo âmbito, Francisco Marques traçou uma panorâmica da génese, transformação e impacto na comunidade da Orquestra Ligeira do Exército; Idílio Nunes analisou a participação de bandas filarmónicas na romaria de Sto. António de Mixões da Serra e no compasso pascal na freguesia de Fiscal em Amares, salientando o contributo destas formações para a identidade local; e Alexandre Gonçalves, Vítor Matos, Pedro Moreira e Ângelo Martingo trataram o repertório, atividade e impacto comunitário da ‘Banda dos Guises’. Analisando a produção musical erudita, César Viana comparou a escrita de Fernando Lopes-Graça e de Béla Bartók, de modo a problematizar paralelos identificados na receção dos dois compositores e Miguel Simões examinou a Sonata em sol menor para violino e piano do compositor Álvaro Carneiro a partir do contexto cultural e geográfico da sua composição e circulação. Já com um enfoque em torno do piano, Sofia Lourenço percorreu a atividade do Orpheon Portuense entre 1881 e 1991, destacando a singularidade desta sociedade de concertos, e o conjunto de instrumentistas que a visitaram nesse período; Kadija Teles elaborou, a partir de Batuque, uma reflexão sobre o papel de elementos identitários na composição e interpretação da música de Ernesto Nazareth; e João Xavier evidenciou a importância obra e pedagogia de Theodor Leschetizky, designadamente, no seu contributo para a, assim designada, escola russa de piano. [...]