Promoting science growth in developing countries: an open science model for Mozambique

Abstract

In developing countries, deploying National Research and Education Networks (NRENs) infrastructures is viewed as a determining step for fostering science and education. In Africa, several NRENs initiatives appeared, having as critical success factors: (i) NREN deployment coverage; (ii) NREN sustainability policies; and (iii) the services provided to the enrolled community. Regarding Mozambique, after an initial period with significant difficulties, the Mozambique Research and Education Network (MoRENet) expanded to integrate nearly 160 institutions in the country, although connectivity is the only service provided. Despite the initiatives taken so far, for instance, in science sharing and distance learning, they lack a more comprehensive view on how to steadily stimulate science growth in the country. It is in this context that the motivation for the present work lies, being the main objective defined as devising an evolutive and sustainable model for promoting science growth in Mozambique, which considers and adapts initiatives and best practices worldwide to the scientific and higher education ecosystem of the country. The proposed model targets and interrelates the contexts of open science, science management, distance learning, and technological infrastructures supporting science and education. To sustain the proposed model, the research work carried out: discusses the NRENs panorama in Africa and Mozambique, and analyzes the challenges inherent to providing sustainable services for the NRENs academic and research community; explores and contextualizes successful Open Access (OA) initiatives and directives in the framework of developing countries; identifies the barriers and weaknesses for the improvement of the Mozambican higher education system; and stresses the role of MoRENet and international e-learning collaborations to mitigate the digital divide in education. Finally, proposals for the effective deployment of OA and distance learning strategies to overcome the identified challenges are presented. The thorough debate on the above-mentioned aspects and the proposal for open science in Mozambique are also expected to improve the awareness of science vectors in other developing countries, promoting their development both scientifically and socially.

Nos países em vias de desenvolvimento, a implantação de infraestruturas de Redes Nacionais de Ensino e Investigação (National Research and Education Networks - NRENs) é vista como um passo determinante para fomentar a ciência e a educação. Em África surgiram várias iniciativas de NRENs, tendo como fatores críticos de sucesso: (i) a área de implantação das NRENs; (ii) as políticas de sustentabilidade; e (iii) os serviços prestados à comunidade envolvida. Relativamente a Moçambique, após um período inicial com dificuldades significativas, a Rede de Ensino e Investigação de Moçambique (Mozambique Research and Education Network - MoRENet) expandiu-se para integrar cerca de 160 instituições no país. No entanto, as iniciativas tomadas até agora, por exemplo, no acesso à ciência e no ensino à distância, carecem de uma visão mais abrangente sobre como estimular de forma constante o crescimento da ciência no país. É neste contexto que assenta a motivação do presente trabalho, sendo o seu objetivo principal a conceção de um modelo evolutivo e sustentável de promoção do crescimento da ciência em Moçambique, que considere e adapte as iniciativas e melhores práticas mundiais ao ecossistema científico e de ensino superior deste país. O modelo proposto visa e inter-relaciona os contextos de ciência aberta, gestão científica, ensino à distância e infraestruturas tecnológicas de apoio à ciência e à educação. Para sustentar o modelo proposto, o trabalho de pesquisa realizado: discute o panorama das NRENs em África e Moçambique, analisando os desafios inerentes à prestação de serviços sustentáveis; explora e contextualiza iniciativas e diretrizes bem-sucedidas de Acesso Aberto (Open Access - OA); identifica as barreiras e fragilidades para a melhoria do sistema de ensino superior moçambicano; e destaca o papel da MoRENet e das colaborações internacionais de e-learning para mitigar a divisão digital na educação. Por fim, são apresentadas propostas para a implantação efetiva de estratégias de OA e ensino à distância para superar os desafios identificados. O debate aprofundado dos aspetos acima mencionados e a proposta de ciência aberta em Moçambique permitirão ainda sensibilizar outros países em vias de desenvolvimento para os vetores da ciência, promovendo o seu desenvolvimento tanto cientificamente como socialmente.