Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/2904

TítuloEstratégias argumentativas: as perguntas retóricas
Autor(es)Ramos, Rui Lima
Palavras-chaveLinguística
Pragmática
Argumentação
Perguntas retóricas
Data1996
CitaçãoABREU, L. M., coord. – “Diagonais das letras portuguesas contemporâneas : actas do Encontro Nacional de Estudos Portugueses, 2, Aveiro, 1995”. Aveiro : Associação de Estudos Portugueses/Fundação João Jacinto de Magalhães, 1996. ISBN 972-8283-18-0. p. 171-186.
Resumo(s)Este texto pretende descrever os mecanismos sintáctico-semânticos e pragmáticas que enformam as perguntas retóricas (p. r.) e que as definem como tal. Retoma definições de p. r. de Bally (1951), Fontanier (1968), Schmidt-Radefeldt (1977), Borrillo (1981), Anscombre-Ducrot (1981), Kerbrat-Orecchioni (1991) e Fonseca (1993), enfatizando que se trata de um tipo de enunciado interrogativo através do qual o locutor não interroga senão ficticiamente, sem esperar uma resposta informativa, sendo portanto desprovido da exigência de resposta - mas não impedindo uma réplica do alocutário, que poderá confirmar ou infirmar as pressuposições activadas pelo enunciado formalmente interrogativo. Descreve a inversão de polaridade como característica marcante do seu funcionamento sintáctico-semântico e, seguindo o exemplo de Borillo (1981), faz o exame de esquemas sintácticos verbais particularmente frequentes nas p.r., de marcadores lexicais (principalmente advérbios) e de fenómenos de quantificação e dos efeitos particulares que eles têm neste tipo de interrogativas. Do ponto de vista pragmático, sublinha os jogos de poder e gestão de face que acompanham o emprego destes enunciados, assim como o seu valor enquanto estratégia de persuasão. Conclui, evocando Fonseca (1993), por apontar a existência de traços distintivos de retoricidade, mas não absolutos, pois «haverá que ver na generalidade das perguntas retóricas (...) a presença, explícita ou implícita, no contexto ou no cotexto, de uma informação que (...) opera como elemento activador de retoricidade. Nessas circunstâncias, há que procurar a activação da retoricidade das perguntas que a comportam não na configuração própria dessas perguntas, antes no contexto/cotexto (Fonseca, 1993: 16). De facto, apesar de se poder apontar algumas marcas sintáctico-semânticas que indicam uma alta probabilidade de alguns enunciados ocorrerem como p. r., em última análise essa confirmação virá de outros elementos que não estruturais.
TipoArtigo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/2904
ISBN972-8283-18-0
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:DCILM - Comunicações

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