The Democratic People’s Republic of Korea as a Rogue State: comparing the strategic narratives of the United States of America and the European Union

Abstract

Throughout history, political actors have always tried to use communication tools to further their convictions. Strategic narratives connect the past, the present, and the future in a time sequence so as to construct a shared meaning of international events. In this sense, political actors seek to use narratives strategically in order to shape the perceptions and behaviour of their internal and external audiences. The main purpose of the present dissertation is to understand how social constructions constrain the behaviour of the political actors. Based on the work of Miskimmon, O’Loughlin, and Roselle, it seeks to analyse the perception of the Democratic People’s Republic of Korea (DPRK) as a rogue state. The United States of America (US) and the European Union (EU) were selected as case studies, and their strategic narratives were analysed to understand how this representation of the DPRK influenced and constrained these actors’ relations with the country. The analysis was conducted using process tracing and the comparative method to trace the development of these actors’ strategic narratives during the period between 2001 and 2018. This study concludes that the US and the EU’s motivations shaped their strategic narratives, which, in turn, greatly impacted how these two actors’ engaged with the DPRK: the US focused mainly on the nuclear issue and on the geopolitical situation on the Korean Peninsula, while the EU sought to relieve the humanitarian crisis on the country and to encourage the regime to abandon its nuclear ambitions mostly through diplomatic means.

Ao longo da história, os atores políticos procuraram sempre utilizar os meios de comunicação de forma a promoverem as suas convicções. As narrativas estratégicas interligam o passado, o presente, e o futuro, numa sequência temporal, de forma a construir um significado compartilhado sobre os eventos internacionais. Desta forma, os atores políticos procuram utilizar as narrativas de forma estratégica para influenciar as perceções e o comportamento das suas audiências internas e externas. O principal objetivo da presente dissertação é compreender de que forma as construções sociais condicionam o comportamento dos atores políticos. Seguindo o estudo de Miskimmon, O’Loughlin, e Roselle, procurou-se analisar a perceção da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) como um Estado pária. Foram selecionados os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (UE) como casos de estudo, sendo as suas narrativas estratégicas analisadas para compreender de que modo esta representação da RPDC influenciou e condicionou as relações destes atores com o país em questão. A análise foi conduzida recorrendo a process tracing e ao método comparativo para delinear o desenvolvimento das narrativas estratégicas destes atores durante o período entre 2001 e 2018. Este estudo conclui que as motivações dos EUA e da EU moldaram as suas narrativas estratégicas, que por sua vez tiveram um grande impacto na forma como estes atores se relacionam com a RPDC: os EUA focaram-se principalmente na questão nuclear e na situação geopolítica da península Coreana, enquanto que a UE procurou aliviar a crise humanitária no país e encorajar o regime a abandonar as suas ambições nucleares maioritariamente através de medidas diplomáticas.