Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade no laboratório químico-agrícola A2 Análises Químicas, Lda

Abstract

Com a entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia foi necessário desenvolver uma política nacional de qualidade surgindo então o Instituto Português da Qualidade (IPQ), um instituto público criado com o objetivo de garantir “a procura da qualidade de produtos e serviços para o aumento da qualidade de vida dos cidadãos, aumento da competitividade das atividades económicas num contexto de progressiva liberdade de circulação de bens” sendo o responsável pela coordenação do Sistema Português da Qualidade [1]. O IPQ era, no seu princípio, o organismo responsável pela acreditação de entidades, no entanto, na sequência de regulamentos comunitários, emergiu o IPAC – Instituto Português para a Acreditação, como o único organismo responsável pela acreditação em Portugal [2]. A acreditação consiste na avaliação e reconhecimento da competência técnica de entidades para efetuar determinadas atividades tais como ensaios, calibrações, certificações e inspeções. No caso dos laboratórios, a ISO/IEC 17025 é o referencial normativo utilizado como diretiva no desenvolvimento do Sistema de Gestão para a qualidade bem como para as atividades administrativas e técnicas [3]. Esta norma foi implementada a nível empresarial no laboratório químico-agrícola A2 Análises Químicas, Lda que se dedica à realização de análises ambientais, nomeadamente análises de solos, foliares, águas, corretivos orgânicos e minerais [4]. O principal objetivo da implementação do sistema de gestão da qualidade no laboratório A2 Análises Químicas, Lda é garantir a acreditação do laboratório, oferecendo desta forma um serviço laboratorial de excelência e consequente fidelização do cliente. A implementação generalizada do sistema de gestão da qualidade foi conseguida com recurso a dois sistemas informáticos, um para a gestão e outro para a parte técnica. Esta implementação contempla diversas mudanças ao nível do funcionamento da empresa, como a informatização total dos dados gerados no laboratório, permitindo uma desmaterialização do papel e minimização de erros; a rastreabilidade em tempo real de cada amostra, o que possibilita uma melhoria no atendimento ao cliente; o aparecimento de um mapa de melhoria, que origina uma minimização de erros através do uso de medidas corretivas. Ao nível da gestão, a existência de um controlo documental rigoroso permite a uniformização de todos os modelos utilizados, através de uma sequência de elaboração, verificação e aprovação de documentos, o que possibilita a delegação de tarefas por colaborador; a codificação de documentos, cuja sequência é a utilização do modelo mais atual. Anualmente é efetuada uma revisão do sistema de gestão da qualidade e das atividades de ensaio do laboratório, sendo esta simplificada com o recurso aos sistemas informáticos, pois os mesmos contemplam um controlo rigoroso de toda a informação do laboratório. Com a ajuda deste controlo, torna-se possível perceber o estado do sistema de gestão da qualidade, mantendo-o atualizado e em constante melhoria com todos os dados auditáveis e disponíveis para auditorias internas e externas. A auditoria externa realizada pelo IPAC valida o sistema de gestão da qualidade implementado no laboratório, tornando-o acreditado. [1] Decreto-Lei n.º 183/86 de 12 de julho. Diário da República nº 158/1986 - Série I, 1687- 94. [2] Decreto-lei n.º 23/2011, de 11 de fevereiro, Diário da República nº 30/2011 - Série I, 744 – 6. [3] NP EN ISO/IEC 17025:2005 Requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração, IPQ, Portugal [4] A2 Análises Químicas - Laboratório de Análises Agrícolas e Ambientais, http://a2analisesquimicas.webs.com/, acedido a 20/03/2018.