Literature and society: Bauman’s liquid modernity in Zadie Smith’s novels White Teeth and NW

Abstract

Contemporary literature is, in many ways, transnational and as a result of this general expansiveness in art and culture, there is a wide range of different aspects to be scrutinized in this area. Among them, we are going to depict themes such as identity, urbanism, social class, migration, capitalism, and multiculturalism from the standpoint of Liquid Modernity, a concept developed by the Polish sociologist and philosopher Zygmunt Bauman. The postmodern world is characterized by the surpassing of geographical barriers and, as a result, we live in a steady stream of information and cultural influences. But how is this unexpected world connection affecting us? With this in mind, we are going to observe the representation of these matters in the literary work of the British writer Zadie Smith, particularly in her novels White Teeth (2000) and NW (2012). These two stories display what it is like to live in modern London, a cosmopolitan place where globalization, consumerism, and speed are all related components of this new reality. Accordingly, moral and social standards have been going through a crisis in which people search for a sense of direction and feel the need for a model or at least some guidance in the limbo in which we live. This great multiplicity has prompted bewilderment in human behavior and social relations, which, paradoxically, approximates and distances. In this sense, we will analyze the shreds of evidence and specificities of the abovementioned aspects in Smith’s literature.

A literatura contemporânea é, de muitas maneiras, transnacional e, como resultado dessa expansão geral da arte e da cultura, há uma ampla gama de diferentes aspetos a serem examinados nesta área. Entre eles, vamos retratar temas como identidade, urbanismo, classe social, migração, capitalismo e multiculturalismo sob a ótica da Modernidade Líquida, conceito desenvolvido pelo sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman. O mundo pós-moderno é caracterizado pela quebra de barreiras geográficas e, como resultado, vivemos em um fluxo constante de informações e influências culturais. Mas como essa conexão inesperada com o mundo está a nos afetar? Com isso em mente, vamos observar a representação dessas questões na obra literária da escritora britânica Zadie Smith, em particular em seus romances Dentes Brancos (2000) e NW (2012). Essas duas histórias mostram como é viver na Londres moderna, um lugar cosmopolita onde a globalização, o consumismo e a velocidade são todos componentes que se relacionam nesta nova realidade. Assim sendo, os padrões morais e sociais vêm passando por uma crise em que as pessoas buscam um senso de direção e sentem a necessidade de um modelo ou pelo menos de alguma orientação no limbo em que vivemos. Essa grande multiplicidade tem gerado perplexidade no comportamento humano e nas relações sociais que, paradoxalmente, aproximam e distanciam. Nesse sentido, iremos analisar os fragmentos de evidências e especificidades dos aspetos acima mencionados na literatura de Smith.