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TítuloMães que “geram” toxicodependência: figuras do feminino no discurso das campanhas públicas
Autor(es)Coelho, Zara Pinto
Palavras-chaveFamília
Campanhas públicas
Mães toxicodependentes
Toxicodependência
Mães
Recorded Speech
Data2004
EditoraEdições Fernando Pessoa
CitaçãoTOSCANO, Ana M.; GODSLAND, Shelley, org. – “Mulheres más : percepção e representações da mulher transgressora no mundo luso-hispânico”. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa, 2004. p . 345-365.
Resumo(s)Neste artigo analiso o modo como se fala sobre mulheres em campanhas públicas anti-droga. Resultados da minha investigação anterior (Pinto-Coelho 2002) mostram que a atenção dada às mulheres neste tipo de campanhas é muito reduzida, se comparada com a dada aos homens utilizadores de drogas ilegais. Quando escolhidas para tópico do discurso, são construídas como mães em configurações problemáticas de família que “geram” toxicodependência, e como mães toxicodependentes. Neste artigo, analiso apenas a construção discursiva do primeiro tipo de figura. Para o efeito, utilizo a abordagem crítica da análise do discurso (Kress e Van Leeuwen 1996, Wodak 1997, van Dijk 2001). Tal significa que não descrevo apenas os conteúdos e formas do discurso. Pretendo também desmistificar a aparente neutralidade ideológica (neste caso, ao nível das ideologias de género) das políticas públicas, e das práticas institucionais de controle “soft” das drogas, nomeadamente, das chamadas campanhas de prevenção da toxicodependência. De facto, a minha investigação sobre o assunto permite concluir que o discurso das campanhas nacionais não se lê sem teorias críticas da diferença que tratam - no mínimo – a classe, a idade, e o género. No mesmo sentido aponta já uma longa tradição de estudos sociais e culturais sobre drogas, ainda que relativa a outros países, nomeadamente aos EUA (ver, por exemplo, Campbell 2000). Levar em consideração a relação entre utilizadores de drogas e outras categorias de Outros e, em particular, o papel do discurso institucional na (re)produção da diferença, é crucial para compreender a posição que as/os utilizadores de drogas têm tido como “Outros culturais”, e como sujeitos politicamente subversivos. Simultaneamente, permite-nos compreender que a forma como são governadas as mulheres no domínio das campanhas públicas anti-droga é parte integrante da forma como são reguladas as mulheres em geral na sociedade portuguesa. Em seguida, apresento a metodologia, dados utilizados e contextos respectivos, passando por último a uma análise detalhada de um texto.
TipoCapítulo de livro
URIhttps://hdl.handle.net/1822/1007
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CECS - Livros e capítulo de livros / Books and book chapters

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