Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/51132

TítuloAs crianças de pais com vulnerabilidade de saúde mental: implicações e respostas centradas na família
Autor(es)Cardoso, Ana Isabel Fraga
Orientador(es)Serrano, Ana Maria
Caires, Susana
Palavras-chaveCrianças invisíveis
Crianças de pais com vulnerabilidade de saúde mental
Doença mental parental
Intervenção precoce na infância
Práticas centradas na família
Invisible children
Children with parents with mental health vulnerability
Parental mental illness
Early intervention
Family-centered practices
Data2017
Resumo(s)Os dados existentes revelam que os sintomas de vulnerabilidade de saúde mental (VSM) na população mundial estão a aumentar. Este panorama também conduz ao surgimento de palavras como “invisíveis” e “esquecidas”, que, apesar de possuírem uma forte conotação, descrevem a situação de crianças que vivem em contextos de VSM parental. Em Portugal, a Intervenção Precoce na Infância (IPI), que assenta em práticas centradas na família (PCF), surge como o principal apoio capaz de dar resposta a estas crianças e famílias, ainda que, nem todas possam ter igual acesso a esta, devido aos critérios de elegibilidade para a IPI. Esta investigação tem como finalidade compreender o contexto familiar de crianças filhas de pais com VSM e conhecer as respostas existentes no apoio à parentalidade e desenvolvimento destas crianças. Com metodologia qualitativa de estudos de caso múltiplos, foram selecionadas três famílias com um progenitor com doença mental, tendo sido realizadas entrevistas semiestruturadas a três mães com depressão, bem como, aos profissionais de IPI que acompanham estas famílias. Os resultados deste estudo empírico revelam que a doença mental parental tem implicações não só nas mães, mas também nos filhos, e em todo o sistema familiar, na medida em que compromete o exercício da parentalidade, assim como, leva a uma incompreensão da doença mental parental, à expressão de sentimentos negativos e à parentificação por parte dos filhos, tornando-os vulneráveis à doença mental. O número de fatores de risco associados a estas famílias é significativamente maior do que os fatores de proteção. Existe uma necessidade de formação especializada em IPI e de sensibilização dos profissionais para esta problemática, pois verificam-se lacunas na intervenção com base em PCF, assim como, na adequação da intervenção à situação de VSM das famílias. Este estudo sugere, por fim, a pertinência e necessidade da articulação entre os serviços de IPI e de Saúde Mental e Psiquiatria, bem como, da inclusão deste fator de risco parental como critério de elegibilidade único e independente de outros fatores de risco.
The existing data demonstrate that the symptoms of mental health vulnerability in the world population are increasing. This scenario also leads to words such as "invisible" and "forgotten", which, despite having a strong connotation, describe the situation of children in the context of parents’ mental health vulnerability. In Portugal, the Early Childhood Intervention (ECI), which is based on a family-centered practices intervention, emerges as the main support capable of responding to these children and families, although not all can have equal access to this response because of the eligibility criteria for ECI. This research aims to understand the family background of children with parents with mental health vulnerability and meet existing responses in supporting parenting and the development of these children. With the qualitative methodology of multiple case studies, three families with a parent with mental illness have been selected, and semi-structured interviews have been made to three mothers with depression, as well as to ECI professionals that monitor these families. The results of this empirical study show that parental mental illness has implications on the mothers, the children, and the whole family system, in so far as it compromises the exercise of parenting, as well as leads to a misunderstanding of parental mental illness, the expression of negative feelings and parentification by children, making them vulnerable to mental illness. The number of risk factors associated with these families is significantly higher than the protective factors, jeopardizing their family resilience. There is a need for specialized ECI training and awareness for professionals in this area, as there are gaps in intervention based on family-centered practices, as well as in the adaptation of the intervention to the situation of the families’ mental health vulnerability. This study also suggests the relevance and necessity of coordination between ECI, Mental Health and Psychiatry services as well as the inclusion of this parental risk factor as unique eligibility criteria and independent of other risk factors.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado em Educação Especial (área de especialização em Intervenção Precoce)
URIhttps://hdl.handle.net/1822/51132
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado
IE - Dissertações de mestrado

Ficheiros deste registo:
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