O Balanced Scorecard nos Municípios

Abstract

Nas últimas décadas foram sendo cada vez mais complexos e múltiplos os interesses coletivos cuja satisfação e prossecução o Estado foi assumindo, daí resultando não só uma enorme sobrecarga de serviços públicos, com custos inerentes elevados, como também, muitas vezes, uma diminuição da eficiência e eficácia no funcionamento dos diversos organismos e entidades da Administração Pública. Neste contexto foram sendo implementados diferentes modelos de gestão pública, com o propósito de melhorar a satisfação dos interesses coletivos através da alteração das regras de funcionamento da própria Administração Pública. No âmbito da denominada “Nova Gestão Pública” que, em geral, preconiza a aplicação à Administração Pública de práticas de gestão próximas das usadas no setor privado, designadamente empresarial, o enfoque na eficiência e nos resultados das organizações públicas, bem como na satisfação do cidadão-cliente, conduziu à necessidade de as entidades monitorarem o seu desempenho em diversos níveis através de indicadores associados a objetivos. Assim, o Balanced Scorecard passou também a ser adotado no contexto da Administração Pública. Partindo duma apresentação geral do Balanced Scorecard, este artigo descreve como este veio a ser introduzido na Administração Pública e adaptado para os municípios em particular, apresentando um exemplo de aplicação em Portugal.