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TítuloSem tempo para brincar: as crianças, os adultos e a tirania dos relógios
Autor(es)Costa, Andrize Ramires
Kuhn, Roselaine
Cunha, António Camilo
Palavras-chaveTempo
Brincar
Se movimentar
Fenomenologia
DataJun-2015
EditoraInstituto Politécnico do Porto. Escola Superior de Educação (ESE-IPP)
CitaçãoCosta, A.R., Kuhn, R. & Cunha, A.C. (2015). Sem tempo para brincar: as crianças, os adultos e a tirania dos relógios. In P. Pereira, S. Vale & A. Cardoso (org), XI Seminário Internacional Educação Física, Lazer & Saúde – Perspectivas de desenvolvimento num mundo globalizado (pp. 403-410). Porto: Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto.
Resumo(s)O que é o tempo? Como as crianças ocupam o tempo nas brincadeiras e na escola? Como elas sentem e percebem o tempo? Faz sentido ter “hora certa” para brincar? Estas perguntas configuram uma bipolaridade: tempo regulado, cronometrado e medido pela pressão dos relógios; e o tempo fenomenológico. A dicotomia desvela duas perspectivas distintas: dos adultos que controlam o tempo das crianças e atuam sobre seu brincar, orientados pelo tempo cronológico que a todos oprime e enquadra; das crianças impossibilitadas de brincar e se movimentar em liberdade, prisioneiras da exiguidade do tempo. De um lado, o tempo concebido pela exterioridade, materializado no calendário e na objetividade dos números é representado pelo mundo pensado (racionalizado), obedece à tirania dos relógios, calendários, rotinas, turnos, programas e demais instrumentos de aferição matemática do tempo moderno. De outro, o mundo da interioridade, substantivado e espiritualizado na subjetividade, na experiência vivida, na expressão fenomenológica, representante do mundo vivido das crianças que mergulham num sentimento de duração e na percepção subjetiva do tempo enquanto brincam. A partir da modernidade, dois tempos estão em oposição, o que demarca consequências devastadoras para as crianças educadas em escolas que aspiram ser produtivas e que as inserem precocemente no universo das obrigações (trabalho, rigor, disciplina), sem tempo para a criatividade, invenção, magia, fantasia e desrespeitando as singularidades, os ritmos próprios e a dimensão lúdica da corporeidade. Num “culto à velocidade” o frenesi não comporta a contemplação e a fruição, pois não há tempo a perder com coisas inúteis, a exemplo de brincar. O adulto perspectiva preparar a criança para o futuro. Mas a criança vive o aqui e agora, importando brincar intensamente no momento presente, o que não tem nada a ver com resultados a ser atingidos. A criança brinca com o tempo. Urge promover um elogio à lentidão.
TipoArtigo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/39653
ISBN978-972-8969-11-0
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CIEC - Textos em atas

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