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https://hdl.handle.net/1822/27488
Registo completo
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.author | Jerónimo, Patrícia | - |
dc.date.accessioned | 2014-01-08T12:05:30Z | - |
dc.date.available | 2014-01-08T12:05:30Z | - |
dc.date.issued | 2013-12 | - |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/1822/27488 | - |
dc.description.abstract | Um estudo conduzido recentemente em vários estabelecimentos prisionais portugueses e holandeses concluiu que, em Portugal, os estrangeiros detidos pela polícia raramente beneficiam do apoio de um intérprete durante os interrogatórios policiais e nos contactos com os respectivos defensores, para além de serem muitas vezes chamados a assinar documentos lavrados em língua portuguesa, sem que lhes seja fornecida uma tradução para a sua língua mãe ou para outra língua que compreendam. Este estado de coisas – claramente prejudicial à defesa dos arguidos e contrário aos padrões internacionais de direitos humanos – não é privativo da justiça portuguesa, podendo observar-se, em maior ou menor medida, na generalidade dos Estados-Membros da União Europeia, como tem vindo a ser sobejamente documentado ao longo da última década. Para pôr cobro a esta situação e, desse modo, contribuir para reforçar a confiança mútua entre os Estados-Membros e assegurar uma efectiva protecção das garantias processuais dos suspeitos e dos arguidos no «espaço de liberdade, segurança e justiça» em que a União pretende erigir-se, as instituições europeias adoptaram a Directiva 2010/64/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Outubro de 2010, relativa ao direito à interpretação e à tradução em processo penal. O prazo para a transposição da Directiva 2010/64/UE para as ordens jurídicas dos Estados-Membros terminou no passado dia 27 de Outubro. Portugal deu a Directiva por transposta sem ter introduzido quaisquer alterações ao quadro jurídico nacional, com o argumento de que a ordem jurídica portuguesa já consagra os direitos dos suspeitos e dos arguidos (e das pessoas sujeitas a mandado de detenção europeu) à assistência por intérprete e à tradução dos documentos relevantes. Sem ser errada, esta leitura dos deveres decorrentes da Directiva 2010/64/UE parece-nos ser muito incompleta, por descurar aquele que é o aspecto fundamental do novo regime – a garantia de que a assistência linguística prestada em processo penal tem suficiente qualidade para que os suspeitos ou arguidos estrangeiros possam efectivamente exercer os seus direitos de defesa. | por |
dc.language.iso | por | por |
dc.publisher | Universidade do Minho. Escola de Direito (ED) | por |
dc.rights | openAccess | por |
dc.subject | Interpretação ajuramentada | por |
dc.subject | Tradução ajuramentada | por |
dc.subject | Garantias processuais | por |
dc.subject | Directiva 2010/64/UE | por |
dc.subject | TAIA | - |
dc.title | A Directiva 2010/64/UE e a garantia de uma assistência linguística de qualidade em processo penal: implicações para a ordem jurídica portuguesa | por |
dc.type | bookPart | por |
oaire.citationTitle | Estudos Comemorativos dos 20 anos da Licenciatura em Direito da Escola de Direito da Universidade do Minho | por |
sdum.bookTitle | Estudos Comemorativos dos 20 anos da Licenciatura em Direito da Escola de Direito da Universidade do Minho | por |
Aparece nas coleções: | ED/DCJP - Livros e capítulos de livros ED/DH-CII - Livros e Capítulos de Livros |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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JERONIMO, Patricia_11 Capitulo, A Diretiva 2010_64_UE e a garantia de uma assistencia linguistica.pdf | 640,5 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |